O delegado Moacir Fermino será julgado, a partir das 14h desta terça-feira, pelo Conselho Superior da Polícia Civil, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. O delegado é apontado como autor de uma narrativa sobre rituais satânicos, criada supostamente para desvendar a morte de duas crianças em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.
Na época dos fatos, em 2017, o policial apontou que empresários teriam encomendado o sacrifício das vítimas, como parte de um rito demoníaco. Ainda naquele ano, cinco pessoas chegaram a ser presas pelo crime, mas a própria corporação acabou reconhecendo que as apurações foram uma farsa, esquematizada pelo delegado em busca de notoriedade.
As vítimas, um menino e uma menina, nunca foram identificados, mesmo após a localização dos corpos. Segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP), ambos foram esquartejados e decapitados.
A autoria do crime nunca foi descoberta e o caso, acabou sendo arquivado.
Fermino foi condenado em primeiro grau pela Justiça, em 2020, por corrupção ativa de testemunha e falsidade ideológica. Ele responde em liberdade, apesar de ter sido condenado a seis anos de reclusão.
Se condenado pelo Conselho da Polícia Civil, ele pode perder a aposentadoria que ainda recebe, mesmo após ter sido afastado da corporação.
Fonte: Correio do Povo.