Indígenas, quilombolas e ribeirinhos do Acará, Concórdia do Pará e Tomé-Açu e a empresa BBF vivem em litígio desde que a empresa comprou as terras da Biopalma e descumpriu acordo de compensação firmado com as lideranças. A demora do Instituo de Terras do Pará (Iterpa) e do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) em regularizar a situação fundiária na região, complica ainda mais a situação.
O promotor de Justiça Emério Mendes, que está acompanhando o caso, disse que o conflito de hoje se deu porque a empresa BBF acionou a Polícia Militar para apreender um carregamento de dendê dos indígenas no Distrito de Quatro Bocas, em Tomé Açu, alegando que os caminhões e a carga haviam sido furtados.
Revoltados, os índios se armaram e partiram para o polo da empresa. No caminho, eles pararam três ônibus que transportavam funcionário da BBF, mandaram que todos descessem e tocaram fogo nos veículos. O presidente da Associação Indígena Tembé de Tomé-Açu (AITTA), Paratê Tembé, declarou que a situação na região chegou ao extremo.