Durante uma operação, a Polícia Federal encontrou cerca de R$ 7 milhões em espécie, em uma casa de alto padrão na Grande São Paulo.
Os investigadores suspeitam que o valor pertença a uma quadrilha, que pode ter ligação com a máfia chinesa. Segundo as investigações, o grupo realizava golpes pelo Brasil e usava contas de ‘laranjas’ para receber o dinheiro das vítimas.
As informações divulgadas pelo portal R7 apontam ainda que, além do montante, os policiais apreenderam também carros de luxos, armas e munições.
Os veículos, que foram recolhidos e levados ao pátio da Polícia Federal – estavam em um endereço localizado em uma área nobre de São Paulo. Na ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.
Conforme apurou a investigação, os criminosos recrutavam os ‘laranjas’, que eram abordados, principalmente, no Brás – região de comércio popular do Centro de São Paulo. Ao abordar as pessoas comuns, eles abriam contas, que seriam usadas, exclusivamente, para receber os milhões de reais arrecadados pela quadrilha.
O dinheiro que os criminosos conseguiam era de golpes aplicados pelo celular. Segundo as investigações, os criminosos enviam mensagens às vítimas com propostas de trabalho. Nos anúncios diziam que tudo poderia ser realizado de dentro de casa e em meio período. Porém, quem aceitava a falsa proposta tinha que pagar um valor para ter direito ao salário. Elas transferiam o valor por meio de Pix, que acabava nas contas dos ‘laranjas’.
“Conseguimos identificar que esse dinheiro, aproximadamente R$4 milhões em seis meses, provenientes desses golpes, foi transferido para contas de pessoas jurídicas. Alguns investigados tem parentesco direto com um mafiosos chinês, que foi extraditado em 2019”, contou o delegado da PF, Jeferson Di Schiavi.
Luiz Fernando Rebellato, promotor de Justiça, disse que a ação dos golpistas – que pode parecer um simples golpe do Pix, ou uma fraude – pode ter conexões com organizações criminosas. “Inclusive, com desenvolvimento de braços internacionais, que vão ser apurados ao longo da investigação”, complementa.
A ação, comandada pela PF, contou com o apoio do Exército. Isso porque, as investigações apuraram que o dinheiro final dos golpes era enviado para uma empresa que vende armas e munições.
“Demandará uma investigação cautelosa para apurar se, eventualmente, esse dinheiro está financiando a compra de munições e armamentos”, explicou o promotor.
Fontes: PF, Portal R7 e Portal ND+.