SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A guerra entre Israel e Hamas completa um mês nesta semana com o risco de expansão do conflito em outros países do Oriente Médio. Um ataque israelense a um carro no sul do Líbano matou três crianças e sua avó na noite deste domingo (5), disseram autoridades libanesas, enquanto o Exército do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirma que uma ofensiva do Hezbollah causou a morte de um cidadão israelense.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que tropas terrestres invadiram um complexo do Hamas durante a noite, e cerca de 450 locais pertencentes ao grupo foram atingidos.
O QUE ACONTECEU
O Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã, disse que respondeu ao ataque israelense, no qual três meninas com idades entre 10 e 14 anos foram mortas, disparando foguetes contra a cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel. A avó delas também foi morta e a mãe ficou ferida.
Imagens transmitidas pela estação de TV al-Mayadeen, do Líbano, mostraram equipes de resgate removendo uma das vítimas do carro ainda em chamas.
Israel e o Hezbollah têm trocado tiros através da fronteira desde que o grupo militante palestino Hamas e Israel entraram em guerra em 7 de outubro. Os militares israelenses disseram que um israelense foi morto no domingo em um ataque do Hezbollah na fronteira, sem fornecer mais detalhes.
No domingo, as Forças de Defesa de Israel disseram que suas defesas aéreas interceptaram um drone voando em direção a Israel vindo do Líbano enquanto ele estava sobre o território libanês, e que um míssil antitanque disparado do Líbano atingiu a área de Yiftah, no norte de Israel.
Israel também anunciou que está pronto para atacar os combatentes do Hamas em seus túneis subterrâneos e bunkers no norte de Gaza, depois da área ser isolada por tropas e tanques. "Agora vamos começar a nos aproximar deles", afirmou o tenente-coronel Richard Hecht.
450 LOCAIS DO HAMAS ATACADOS
As Forças de Defesa de Israel afirmam que tropas terrestres invadiram um complexo do Hamas, e ao menos 450 locais pertencentes ao grupo foram atingidos, enquanto a ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza continua.
De acordo com as IDF (sigla em inglês), o local continha postos de observação, campos de treinamento e túneis subterrâneos. Os militares afirmam que vários agentes do Hamas foram mortos quando as tropas capturaram o local.
Aviões militares atingiram 450 alvos do Hamas na Faixa de Gaza no último dia, incluindo túneis, complexos estratégicos, postos de observação e posições de lançamento de mísseis guiados antitanque.
Um ataque aéreo resultou na morte de Jamal Musa, segundo Israel, ele era chefe das operações especiais do Hamas.
Pelo menos 10.022 palestinos foram mortos, incluindo 4.104 crianças, em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, diz o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas.
ISRAEL ACUSA O HAMAS DE OPERAR EM MAIS 2 HOSPITAIS DE GAZA
A OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou ter documentado mais de 100 ataques ao sistema de saúde na Faixa de Gaza, enquanto os militares israelenses afirmam que os combatentes do Hamas estão usando dois hospitais no enclave para esconder suas operações.
Ao menos 14 hospitais - incluindo 10 na área densamente povoada da Cidade de Gaza - já não funcionam mais, de acordo com o braço da OMS que opera nos territórios palestinos.
ONU DIZ QUE 88 FUNCIONÁRIOS FORAM MORTOS EM GAZA
A ONU comunicou que 88 funcionários da sua agência para os refugiados palestinos, UNRWA, foram mortos desde o início da guerra em 7 de outubro.
O balanço representa "o maior número de óbitos das Nações Unidas registado em um único conflito", de acordo com uma declaração conjunta dos chefes de todas as principais agências da ONU.
"Já se passaram 30 dias. Já é suficiente. Isso deve parar agora". A declaração expressa indignação com o número de mortos de civis em Gaza e apela a um "cessar-fogo humanitário imediato", ao mesmo tempo que exige que o Hamas liberte os reféns que raptou de Israel.
Créditos: Portal R7.