Os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
Em São Paulo, duas pessoas foram presas temporariamente e foi cumprido um mandado de busca e apreensão. A operação cumpriu ainda sete mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e três no Distrito Federal.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a operação é uma ação preventiva, deflagrada a partir de uma “hipótese”. “Temos um compromisso claro, liderado pelo presidente [da República, Luiz Inácio Lula da Silva] de combate ao terrorismo. Isso se dá também na esfera criminal. Hoje mesmo, a PF está realizando uma investigação em torno da hipótese de uma rede terrorista buscar se instalar no Brasil. Vejam, é uma hipótese que a PF está investigando. E que mostra que, neste caso, só temos um lado, que é o lado da lei, dos compromissos internacionais que o Brasil assumiu”, disse Dino.
O ministro deu as declarações ao participar, no Rio de Janeiro, da assinatura de um acordo de cooperação técnica para a criação do Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra), que busca estrangular as fontes de renda do crime organizado.
Logo após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro, o Hezbollah parabenizou o grupo islamita palestino pelo que considerou “operação heroica em grande escala” contra Israel, mas afirmou não ter envolvimento nas ações. Na última sexta-feira (3), o líder movimento, Hassan Nasrallah, considerou "realista" a possibilidade de que o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza possa desencadear uma "guerra total".
"A possibilidade de essa frente registrar uma nova escalada ou uma guerra total (…) é realista e pode ocorrer, o inimigo deve se preparar", advertiu Nasrallah no seu primeiro discurso desde o início da guerra em Gaza. O líder islamista ainda alertou os Estados Unidos que devem "deter a agressão [israelense] contra Gaza" se quiserem evitar uma conflagração regional.
Em 2021, o grupo afirmou contar com 100 mil combatentes. O governo israelense estima a metade. Já a analista independente Eva Koulouriotis aponta que o grupo possui cerca de 20 mil combatentes bem treinados e uma reserva de 50 mil "com menor treinamento, que inclui três meses de formação no Líbano e outros três no Irã".
O arsenal do grupo é estimado por Israel entre 150 mil e 200 mil foguetes e mísseis de todos os tipos, entre eles "centenas de mísseis de precisão". Em maio, o grupo organizou exercícios no sul de Líbano, exibindo sistemas de armas iranianos, sírios, russos e chineses.
Fonte: Correio do Povo.