A Polícia Civil investiga o caso de um corpo enterrado por engano em Passo Fundo, no norte do RS. A celebração e sepultamento aconteceram na tarde da última sexta-feira (17), no Cemitério Vera Cruz, mas o homem que teria sido sepultado foi encontrado vivo pouco depois do enterro.
Em um vídeo que circulou nas redes sociais, Chandler Machado, de 26 anos, que foi dado como morto, confirma que está vivo. A família relata que não o via com frequência porque ele vivia em situação de rua e era usuário de drogas.
— Capaz, eu estou vivo, estou bem. Estou com muita comida, tudo de bom, ganhei do mercado aqui agora, estou bem, estou vivo, graças a Deus — diz Machado, que foi visto por um conhecido no bairro José Alexandre Zacchia no mesmo dia do enterro.
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Ao ver Chandler no vídeo, a irmã dele, Larissa da Silva Machado, confirmou que o homem está vivo. Em seguida, uma prima buscou a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) para registrar boletim de ocorrência. Segundo Larissa, a mãe foi chamada para reconhecer o corpo de um homem que havia falecido há três dias no Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HC).
Segundo o relato, uma das assistentes sociais do Centro Pop, que presta serviço especializado a pessoas em situação de rua, suspeitou da possibilidade do corpo ser de Chandler. Por esse motivo, ela repassou ao hospital o contato dos familiares para reconhecimento do corpo. Chandler era usuário do Centro Pop, local de apoio à população em situação de rua na cidade.
— Logo depois, o conhecido entrou em contato comigo e eu pedi para me passar a localização que eu ia buscar ele. Estamos felizes, mas também abalados — conta Larissa.
Conforme a família, Chandler vai morar com uma das irmãs em Erechim.
Investigação
Conforme a polícia, o corpo enterrado é de um indivíduo que estava em situação de rua e que foi vítima de meningite.
O caso foi encaminhado nesta segunda-feira (20) à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
— Como não há crime nesse caso, o que vamos fazer é buscar a identificação dessa pessoa que morreu no hospital. Como ele já foi enterrado, vamos ter que providenciar a exumação para fazer coleta de digitais, se ainda for possível. Senão, só material para perfil genético. Faremos isso com auxílio do IGP [Instituto Geral de Perícias] — explica a delegada.
Créditos: GZH - matéria original editada pela nossa redação.