O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Rio Grande do Sul realizou nesta sexta-feira (1º), uma operação no Presídio Regional de Pelotas, no Sul do Estado.
Com apoio operacional da Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), o objetivo é combater o ingresso de drogas, celulares e demais objetos ilícitos no local.
Após investigação de três meses do 10ª Núcleo Regional do GAECO – Sul, foi comprovado que houve o ingresso de telefones, a prática de tráfico de drogas e, ainda, corrupção de agentes públicos na casa prisional. O esquema seria controlado por uma organização criminosa que tem base no município. Participam da revista geral 22 integrantes do MPRS e 126 policiais penais.
Apreensões
Foram apreendidos na Operação Caixa-forte 53 aparelhos celulares, R$ 68,9 mil em dinheiro, 10 estoques (arma artesanal), 106 buchas de cocaína, 50 de crack, 25 de maconha, 300 unidades de droga sintética, além de documentos da contabilidade do tráfico.
O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luciano Vaccaro, destaca que “é muito preocupante a união entre uma organização criminosa, que tem vários de seus integrantes presos, com agentes públicos que deveriam zelar pela correta execução da pena a eles aplicada.
No entanto, agem em sentido contrário, corrompendo-se e facilitando o ingresso de celulares e drogas na casa prisional. O MPRS está atento a esta situação e, com o apoio da SUSEPE, deflagrou a operação para coibir tais condutas e responsabilizar os envolvidos”.
O promotor de Justiça André Dal Molin, coordenador do GAECO, diz que “o grupo tem como uma das metas investigar a entrada criminosa de drogas, dinheiro e aparelhos celulares no sistema prisional, razão pela qual vai continuar em operações similares para coibir a corrupção em estabelecimentos penais”.
Já o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, destaca que a “Operação Caixa-forte” é uma intervenção coordenada pelo GAECO que tem, como meta inicial, 26 alvos específicos entre apenados. Além disso, todas as provas possíveis a serem apreendidas na ação servirão para compor a investigação.
Ele diz que “a apuração — que está sob sigilo — irá continuar após a revista geral como meta de confirmar como os materiais ilícitos ingressavam no presídio de Pelotas. Agentes públicos têm condutas suspeitas apuradas, mas, por enquanto, ainda não podemos falar de nomes ou números”.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul