Produtores de frango e de corte e suínos iniciaram o ano com certo alívio nas contas. O custo de produção de ambos os plantéis apresentou redução nos dois primeiros meses do ano, nos três estados do Sul, segundo levantamento da Embrapa. Essa redução foi impactada pelo preço do milho e da soja.
A alimentação de aves e suínos corresponde à maior parcela da composição do custo de produção. No Rio Grande do Sul, a queda mais significativa está no setor de suínos.
O preço do quilo vivo do suíno, nos últimos seis meses, saiu de R$ 5,97 (outubro de 2023), atingiu o pico de R$ 6 (em dezembro de 2023) e chegou em março de 2024 a R$ 5,40.
É um alívio para o bolso do produtor rural. Para o presidente da Associação de Criadores de Suínos no Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdedir Folador, as safras do milho e soja colaboraram para essa redução.
Mesmo que num âmbito geral os grãos tenham apresentado quebra na safra, segundo dado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os preços praticados de farelo e soja e saca de milho estão melhores este ano.
Folador lembra que durante os anos em que seca influenciou a safra os preços de alimentação de suínos eram bem mais altos que agora. Em anos anteriores os produtores chegaram a pagar em torno de R$ 90 a saca do milho. Hoje custa entre R$ 58 e R$ 60.
“Entre julho e agosto começa a colheita do milho no Mato Grosso e também temos a oferta do milho do Paraguai. Vai ter uma oferta importante”, analisa Folador sobre a expectativa para o semestre. O presidente da Acsurs aposta na manutenção dos preços para os próximos meses.
Em Santa Catarina, o custo de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo chegou aos R$ 5,61, queda de 1,42% em relação a fevereiro. No ano, o acumulado é de -9,52%. O custo com a alimentação dos suínos determinou esse recuo, caindo a R$ 4,09, o que representou 73,33% do custo total.
Já os custos de produção do quilo do frango de corte no Paraná produzido em aviário tipo climatizado com pressão positiva foram de R$ 4,27 em março, queda de 2,39% em comparação com fevereiro. Assim como na suinocultura, o custo com a alimentação das aves determinou esse recuo, caindo a R$ 2,84, participando em 66,39% do custo total.
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