31/05/2024 às 11h22min - Atualizada em 31/05/2024 às 11h22min

Macabro: mulher é suspeita de matar o namorado com brigadeirão envenenado

A polícia também acredita que Julia conviveu com o corpo durante todo o fim de semana. A amiga, uma cigana, indicada como possível ajudante do crime, foi presa.

Uma mulher é a principal suspeita do assassinato com envenenamento do próprio namorado, no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro. A amiga, indicada como possível ajudante do crime, foi presa nesta quarta-feira (29).

 

O corpo do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond foi encontrado em estado de decomposição três dias após o crime. De acordo com a investigação da polícia, a suspeita Júlia Andrade Cathermol Pimenta estava no apartamento enquanto ele já estava morto. Vizinhos começaram a sentir um odor muito forte e chamaram os bombeiros.

 

O envenenamento teria ocorrido com um brigadeirão que a mulher ofereceu à vítima. As imagens da câmera do elevador do prédio mostram o casal a caminho do apartamento. O homem aparece sonolento e tossindo, com um prato na mão – a "arma" usada no crime.

 

As investigações apontam que a motivação para o assassinato foi tomar os bens do homem.

 

A polícia também encontrou um analgésico forte na cena do crime e apurou que Júlia, 9 dias antes da última imagem de Luiz vivo, foi até uma farmácia e pediu medicamento de uso controlado.

 

A amiga de Júlia que foi presa ontem, Suyany Breschak, se apresentava como "cigana" e é suspeita de ajudar no crime. Ela relatou aos policiais que a namorada de Luiz Marcelo devia cerca de R$ 600 mil para ela. Segundo os investigadores, ela ajudou Júlia a se desfazer dos bens do namorado morto.

 

Ainda de acordo com a Cigana, o carro de Luiz Marcelo, um Honda CRV, foi levado por Julia, após a morte do namorado, para Araruama, na Região dos Lagos. O veículo foi entregue a um homem identificado apenas como Vitor, que seria ex-namorado da cigana.



 

Segundo o depoimento, Vitor sabia que o carro estava envolvido com um possível homicídio, mas aceitou receber o veículo que era de Luiz Marcelo como parte da dívida entre Júlia e Suyany. O carro iria representar um abatimento de R$ 75 mil no valor total da dívida.


 

 

A Cigana contou em depoimento que o carro ficou com Vitor porque ele fazia ameaças contra ela e cobrava dinheiro dela. Vitor foi preso por receptação, quando a polícia o encontrou com o carro, o celular e um computador do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond.

 

Abordado pelos policiais, o homem que estava na posse do carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. A investigação aponta que os bens seriam vendidos em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

 

Ainda de acordo com o depoimento de Suyany, ela teria sacado R$ 5 mil de sua conta para pagar a fiança de Vitor após sua prisão. Segundo ela, depois disso, deu mais R$ 2 mil para ele.

 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue procurando por Júlia, que é considerada foragida. A polícia também acredita que Julia conviveu com o corpo durante todo o fim de semana.
 

 





Créditos: PCRJ, G1 e SBT.


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