Em julgamento realizado na cidade gaúcha de Rio Grande (Litoral Sul), um padre de 63 anos foi condenado a 15 de prisão pelo sequestro e estupro de vulnerável em meio de 2018. Cabe recurso da sentença. A vítima é uma menina que tinha 11 anos quando caminhou do pátio de casa até a rua para buscar uma bola: nesse momento ela foi forçada a entrar no automóvel do religioso, acusou o Ministério Público.
Os pais assistiam televisão dentro de casa e demoraram a perceber a ausência. Enquanto isso, o abusador circulava de carro pela cidade com a criança, que teve as pernas e seios acariciados, além de ser ameaçada de morte caso tentasse reagir.
Na denúncia consta, ainda, que o homem entrou em uma loja e, chamando a vítima de “filha”, ordenou que ela permanecesse à espera na rua. Mas a garota aproveitou um momento de descuido do indivíduo e fugiu até a casa de uma amiga de sua mãe, nas imediações.
A família então procurou a Polícia Civil e a menina acabou reconhecendo o abusador por meio de fotografia durante o processo de investigação. Ele já havia sido preso em flagrante pelo mesmo tipo de crime, em região próxima.
De acordo com a Promotoria que atuou no caso, a vítima enfrentou sequelas emocionais que dificultaram o seu convívio social, dentre outros problemas. Foi necessário inclusive auxílio psicológico e psiquiátrico.
“Conforme indicam as provas pericial e testemunhal, o réu arrebatou a vítima em via pública, forçando-a fisicamente a adentrar em seu veículo, onde foi mantida por tempo razoável e onde foram praticados com ela atos libidinosos”, narrou o juiz João Gilberto Engelmann, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Grande, ao preferir a sentença.
O magistrado acrescentou que a culpabilidade do réu “é elevadíssima, considerando-se que o réu é padre, atividade da qual se espera maior atenção e cuidado às crianças”. Ele também menciono que o réu participou do curso de catequese e celebrou a primeira comunhão da menina, “o que eleva sobremaneira a reprovação da conduta”.
Em São Sepé (Centro-Oeste gaúcho), o Ministério Público denunciou um professor por crimes sexuais contra alunas do ensino fundamental de uma escola estadual da cidade de Formigueiro, na mesma região. O homem é acusado de importunação sexual, estupro de vulnerável (a vítima é menor de 14 anos) e assédio sexual. São diversos relatos de episódios até abril de 2024.
O investigado teria se aproveitado da condição de educador para investir contra adolescentes e constrangê-las dentro do ambiente escolar, mediante ameças, na tentativa de manter o silêncio das vítimas sobre os ataques. Mas os pais delas ficaram sabendo e comunicaram a direção.
No processo aberto pelo MP consta o pedido à Justiça para cada estudante abusada recebe indenização de pelo menos R$ 25 mil. Também solicita que o professor seja exonerado. Ele permanece preso em São Sepé.