Quase dois anos após o desaparecimento da advogada Alessandra Dellatorre, de 29 anos, a história chega a um desfecho. A Polícia Civil confirmou que a ossada encontrada em uma área de mato, próxima a um trajeto de caminhada em Sapucaia do Sul, pertence à advogada que sumiu no dia 16 de julho de 2022.
Os restos mortais foram localizados há cerca de duas semanas em um terreno junto a uma área militar. Segundo a Polícia Civil, a perícia confirmou nesta semana que a ossada pertence a Alessandra, através de exames detalhados, incluindo a análise da arcada dentária, exame antropológico e comparação genética. Além disso, o moletom que ela usava no dia do desaparecimento também foi encontrado junto aos restos mortais.
Alessandra Dellatorre desapareceu após sair de casa para uma caminhada. A última vez que foi vista, ela estava vestindo um moletom preto e uma calça da mesma cor. As câmeras de segurança registraram parte de seu trajeto, mas ela deixou o celular e documentos em casa, levando apenas uma garrafa com uma bebida energética.
Desde o desaparecimento, a família de Alessandra se mobilizou intensamente, espalhando cartazes e utilizando as redes sociais para obter informações. A Polícia Civil, juntamente com os bombeiros e cães farejadores, realizou várias buscas em matagais e outras áreas, sem sucesso imediato.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mario Souza, afirmou que “podemos dizer que o caso de desaparecimento está encerrado. A primeira missão era encontrar. Claro que sempre buscamos o encontro com vida. Não sendo possível, nos empenhamos em devolver a pessoa para que a família possa fazer a despedida.”
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) produziu três laudos periciais: o laudo do local da morte, o laudo antropológico e o laudo de identificação. De acordo com o diretor-geral adjunto do IGP, Maiquel Santos, “já estava no nosso radar a busca pela Alessandra. Já tínhamos documentação odontológica e material genético colhido de familiares. Assim, foi possível apontar que aquele cadáver é efetivamente da Alessandra.”
Os resultados até o momento não indicam qualquer sinal de violência na ossada, como fraturas ou lesões aparentes. A principal hipótese da Polícia Civil é que Alessandra tenha sofrido um mal súbito, sem interferência de outra pessoa.
O caso de Alessandra Dellatorre mobilizou não apenas a família, mas também a comunidade e as autoridades locais. Uma coletiva de imprensa foi realizada na manhã desta terça-feira (18) para detalhar o caso e esclarecer as circunstâncias do desaparecimento e descoberta da advogada.
A família de Alessandra criou uma página na internet e espalhou cartazes em busca de informações. Em diversas postagens, eles suplicaram por respostas e até ofereceram recompensas por informações sobre o paradeiro da jovem.
Fonte: Agora no Vale.