A Justiça condenou uma mulher a 70 anos e 10 meses de prisão por estuprar, produzir e vender material pornográfico dos próprios filhos em Porto Alegre. Na época dos fatos, as crianças tinham 10 meses e 2 anos de idade.
A investigação apurou que a ré vendia fotos e vídeos para um pedófilo, que foi condenado a 39 anos pelos crimes de estupro, armazenamento de material pornográfico e aliciamento de crianças. A sentença foi proferida em abril e os dois já estão presos.
A condenação teve por base a perícia realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) em um telefone da mulher, além de quatro telefones e um notebook do homem. O laudo comprovou o envio dos arquivos em troca de dinheiro.
Segundo o chefe do setor de informática forense do IGP, Marcelo Nadler, o homem detalhava como queria o vídeo e o que deveria aparecer no conteúdo. Depois, ele reclamava do material enviado pela mulher e fazia uma nova solicitação. A denunciada, por sua vez, praticava exatamente o tipo de conteúdo que o pedófilo desejava ter e mandava para ele, entre produção de pedofilia e de abuso infantil. O IGP também concluiu que o homem usava o material como exempo para que outras pessoas fornecessem da mesma forma.
De acordo com Nadler, a análise forense é feita em cada um dos arquivos encontrados. Nesses casos, inicialmente, é determinado se as imagens envolvem crianças e adolescentes. Na sequência, são procurados elementos para determinar se as fotos ou vídeos foram compartilhados ou vendidos, agravantes que aumentam a pena.
Fonte: Blogdojuares