A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso da jovem de 27 anos morta por asfixia em uma rua de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, e indiciou o companheiro dela por feminicídio. O caso ocorreu na noite de 10 de abril, na Rua Luiz Mallo, bairro Itararé. O homem, de 26 anos, foi preso no mesmo dia do crime.
A investigação foi comandada pela delegada Elizabete Shimomura, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do município. De acordo com a polícia, o assassinato foi motivado por ciúmes. O homem acreditava estar sendo traído pela vítima. Luanne Garcez da Silva mantinha um diário onde relatou comportamentos controladores por parte do companheiro, disse a investigação. Uma perícia realizada nos celulares do casal comprovou a conduta do acusado, inclusive com ameaças contra a jovem. Os dois estavam juntos desde janeiro e haviam noivado em março.
Após a morte, o homem teria tentado forjar um latrocínio (roubo seguido de morte) para ocultar a autoria do crime. A polícia afirma que o suspeito teria se afastado do local com a bolsa da companheira, retornando depois sem o objeto, com a intenção de levar a crer que ela havia sido assaltada. As testemunhas indicaram essa tentativa em depoimento e a confirmação veio por meio das imagens de câmeras de segurança que registraram o fato. Aos policiais, o homem relatou um suposto assalto com informações desencontradas e a investigação passou a suspeitar dele como autor do crime. O resultado da necropsia realizada no corpo de Luanne atestou que a jovem morreu em razão de uma asfixia mecânica. Ela tinha feito aniversário no dia 5 de abril e, na noite da morte, comemorava com a família e o noivo.
O inquérito foi concluído no último dia 27 de abril e remetido ao Ministério Público Estadual (MPRS). A Defensoria Pública está responsável pela defesa do indiciado e alega que o homem é incapaz, uma vez que é portador de transtorno mental. Ele está internado desde o dia 25 de abril no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF). Conforme a polícia, o homem recebe benefício do INSS por ser esquizofrênico do tipo paranoico. No entanto, apontou que ele estava medicado e consciente no momento do crime – informações confirmadas pelos relatos da família. Ao longo do processo, o homem deve passar por nova perícia para verificar a condição. Conforme a delegada Elizabete, o acusado admitiu ter cometido o crime informalmente, mas permaneceu em silêncio durante o depoimento formal.
Fonte: Blogdojuares