19/09/2024 às 08h24min - Atualizada em 19/09/2024 às 08h24min

Pastor é preso sob a suspeita de abuso sexual contra ao menos duas jovens em São Leopoldo

Alguns atos criminosos teriam ocorrido dentro da igreja.

Um pastor de 52 anos foi preso na quarta-feira (18) no bairro Vicentina, em São Leopoldo, sob a acusação de estupro. Até o momento, duas vítimas foram identificadas, segundo informações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da cidade.

De acordo com a delegada Michele Arigony, titular da Deam, uma das vítimas, uma jovem de 19 anos, relatou ter sido abusada sexualmente pelo pastor entre julho e setembro de 2023, dentro da igreja onde trabalhava. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 4ª Vara Criminal da Comarca, sendo cumprido pela equipe da Deam.

A delegada explicou que o pastor se aproveitava da confiança da jovem, tentando fazer com que ela acreditasse que os abusos não eram errados. A vítima chegou a comentar o caso com outras pessoas, mas, devido ao medo, não registrou a ocorrência imediatamente.

"Ela informou aos superiores, mas não recebeu o apoio necessário para denunciar o crime. A situação não foi tratada como deveria", afirmou a delegada Michele. A vítima formalizou a denúncia apenas no dia 30 de agosto de 2024.

As investigações estão em andamento, e os depoimentos de testemunhas já foram coletados. A delegada reforçou que a polícia busca identificar outras possíveis vítimas. "Temos que proteger essas mulheres. A palavra da vítima é um elemento probatório fundamental nesses casos, e elas podem se sentir seguras para denunciar", ressaltou.

Além da jovem, uma segunda vítima foi identificada. Ela teria sido estuprada pelo pastor em 2015, quando também trabalhava na igreja. Ambas as vítimas estão recebendo apoio psicológico pela rede de proteção à mulher do município.

A delegada Michele Arigony destacou a importância de que as vítimas confiem no trabalho da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, onde são atendidas por profissionais preparadas para lidar com esses casos. "A palavra da vítima tem valor e será ouvida. Estamos aqui para garantir que elas tenham todo o suporte necessário", concluiu.

As investigações seguem em curso, e novas testemunhas ainda devem ser ouvidas nos dois inquéritos.





Fonte: Jornal ABC+.

 


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