Uma mulher acusada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul de provocar um incêndio que matou seu filho de dois anos foi condenada nesta quinta-feira (31) a 33 anos e quatro meses de prisão. O julgamento ocorreu no Fórum de Sapucaia do Sul, onde o júri decidiu pela condenação em regime fechado.
O crime aconteceu em 10 de abril de 2021, no bairro São José, em Sapucaia do Sul. Segundo a denúncia, a mãe usou etanol para iniciar o fogo na casa onde vivia com o menino, com o objetivo de se livrar da responsabilidade de cuidar da criança, que sofria de problemas de saúde. A acusação qualificou o homicídio pelo uso de fogo, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do agravante de incêndio qualificado.
Durante o julgamento, o promotor Luiz Flávio Barbieri afirmou que, emocionalmente, esse foi um dos casos mais difíceis que já enfrentou: “A condenação não trará o menino de volta, mas a justiça é uma forma de dar voz àqueles que nunca tiveram. Foi uma punição exemplar dada pela sociedade de Sapucaia do Sul, que não aceita a barbárie”.
No dia do incidente, a mulher havia alegado que o incêndio teria começado em um ventilador e declarou ao comandante do Corpo de Bombeiros que não conseguiu salvar a criança a tempo. A condenada já estava presa e continuará em regime fechado.