14/11/2024 às 07h45min - Atualizada em 14/11/2024 às 07h45min

Explosões em Brasília: confira o que se sabe sobre o atentado próximo ao STF

De acordo com as autoridades, Francisco estacionou seu carro próximo ao anexo da Câmara dos Deputados, onde teria ativado explosivos...

Na última quarta-feira (13), a Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi palco de uma série de explosões que, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, teriam sido executadas por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Rio do Sul, Santa Catarina. Chaveiro e conhecido como “Tiu França”, Francisco era um personagem ativo nas redes sociais, onde disseminava teorias conspiratórias e posicionamentos políticos e religiosos.

 
Histórico Político e Familiar
 

Em 2020, Francisco se lançou candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL), mas recebeu apenas 98 votos e não foi eleito. Seu filho adotivo, Guilherme Antônio, relatou ao portal Metrópoles que o pai havia se afastado da família nos últimos meses, mencionando que pretendia “viajar para o Chile”, sem dar detalhes. Guilherme revelou ainda que Francisco enfrentava dificuldades emocionais, intensificadas pela recente separação da ex-companheira.

O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), que conhecia Francisco, afirmou ao jornal *Folha de S.Paulo* que o viu pela última vez em agosto, quando visitaram juntos o Supremo Tribunal Federal (STF). Goetten descreveu Francisco como alguém que aparentava estar “mentalmente abalado” e destacou que ele havia demonstrado “sinais de perturbação” desde o ano anterior, com relatos constantes sobre o fim de seu relacionamento.

 
Atuação nas Redes e Discurso Conspiratório
 

Nas redes sociais, Francisco disseminava teorias populares na extrema-direita, como o QAnon, e demonstrava preocupações com uma alegada “transformação socialista” do Brasil. Seu discurso anticomunista era marcante, e ele frequentemente criticava o STF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Em uma publicação recente, mencionou a data de 15 de novembro, sugerindo que poderia ser um marco para o início de uma “revolução”.

 

Dias antes do ataque, Francisco fez publicações com conteúdo ameaçador, mencionando “bombas” e “explosões” em tom provocativo. Ele direcionou mensagens ao STF e à Polícia Federal, alertando sobre uma suposta “bomba na casa dos comunistas” e usando expressões simbólicas que sugeriam intenções de ataque. Em um dos posts, afirmou que “o grito da voz ecoa e o efeito explosivo atinge esquinas, vielas, nações e comarcas”.

 
Explosões e Confronto Final
 

De acordo com as autoridades, Francisco estacionou seu carro próximo ao anexo da Câmara dos Deputados, onde teria ativado explosivos. Ele tentou se aproximar do STF, mas foi contido pela segurança do local. Em um embate com os seguranças, lançou pelo menos dois artefatos explosivos e advertiu que não se aproximassem.

Testemunhas relataram que Francisco usava roupas que lembravam o estilo do personagem Coringa, incluindo um terno decorado com naipes de cartas e um chapéu branco ao lado do corpo. Ele se deitou com um explosivo próximo à cabeça e acionou o artefato, o que resultou em sua morte no local. As circunstâncias do incidente continuam sendo investigadas pela Polícia Civil e pela Polícia Federal.





Fonte: InfoMoney.


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