10/12/2024 às 09h00min - Atualizada em 10/12/2024 às 09h00min

Criminosos usam drones com animais mortos para transportar drogas em presídios do RS

"As drogas são colocadas dentro dos animais, que caem no pátio da penitenciária, onde não despertam desconfiança".

Criminosos têm utilizado métodos cada vez mais criativos para enviar drogas e materiais ilícitos a presídios no Rio Grande do Sul. Em novembro, policiais penais abateram um drone que sobrevoava a Penitenciária de Canoas (Pecan) e encontraram uma pomba morta carregando entorpecentes em seu interior.  

 

A tática foi debatida durante o **Fórum Interinstitucional Carcerário (FIC)**, realizado na última sexta-feira (6). De acordo com a promotora Alessandra Moura Bastian da Cunha, o uso de animais mortos é uma estratégia para evitar suspeitas, já que a presença de uma ave sem vida no pátio não costuma chamar a atenção.  

 

— Os drones transportam materiais ilícitos utilizando pombas mortas. As drogas são colocadas dentro dos animais, que caem no pátio da penitenciária, onde não despertam desconfiança — explicou a promotora.  

 
Debate sobre a atuação contra drones  

O uso frequente de drones para transportar ilícitos também gerou discussões sobre a política de abate desses equipamentos. Policiais penais relataram dificuldades devido a restrições ao disparo contra os drones, temendo possíveis sindicâncias.  

 

Porém, o superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz dos Anjos, esclareceu que as investigações sobre esses disparos são apenas protocolares e, quando a conduta é justificada, os processos são arquivados.  

 

— As apurações ocorrem para formalizar a ação, mas quando se comprova o procedimento correto, os casos são arquivados — destacou Schwartz, que ainda apontou a importância do controle do uso de munições por razões legais e logísticas.  

 
Segurança nas penitenciárias  

Outro tema abordado durante o fórum foi a situação de segurança no Complexo Penitenciário de Canoas. A preocupação aumentou após o assassinato de Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como “Nego Jackson”, líder de uma facção criminosa. Em razão da gravidade dos temas discutidos, o encontro não foi transmitido ao público, como ocorre normalmente.  

 

O uso de drones para contrabando de ilícitos e as fragilidades no sistema de segurança penitenciário no Rio Grande do Sul evidenciam a necessidade de uma atuação coordenada entre as autoridades. O objetivo é intensificar o monitoramento e impedir a entrada de materiais proibidos nas unidades prisionais, garantindo maior segurança.  







Fonte: GZH.

 

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