Líderes árabes pedem o fim imediato dos ataques de Israel em Gaza e pressionam por cessar-fogo

Qualquer tentativa de deslocar palestinos em Gaza seria "um crime contra a humanidade e (um ato de) limpeza étnica", dizem líderes

18/05/2025 22h51 - Atualizado há -11 horas
Líderes árabes pedem o fim imediato dos ataques de Israel em Gaza e pressionam por cessar-fogo
Reuters

Líderes árabes reunidos em uma cúpula anual em Bagdá pediram neste sábado, 17, o fim imediato dos ataques de Israel à Faixa de Gaza e a permissão para a entrada de ajuda humanitária nos territórios palestinos. Os líderes prometeram contribuir para a reconstrução do território assim que a guerra terminar. "Exigimos o fim imediato da agressão israelense a Gaza e o fim das hostilidades que estão aumentando o sofrimento de civis inocentes", afirmam os líderes na declaração final emitida após o encontro, e lida pelo ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fouad Hussein. "A ajuda humanitária deve ser permitida em todas as áreas da Palestina", continua o comunicado.

Os líderes afirmaram que rejeitam qualquer tentativa de deslocar palestinos em Gaza, afirmando que tal medida seria "um crime contra a humanidade e (um ato de) limpeza étnica". A declaração afirma que os líderes árabes apoiam o apelo do presidente palestino Mahmoud Abbas para a realização de uma conferência internacional de paz que leve a uma solução de dois Estados.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, também foram convidados para o encontro e pediram a libertação dos reféns israelenses em Gaza e a retomada fluxo de ajuda humanitária para o território sitiado. Guterres afirmou que a ONU rejeita qualquer "deslocamento forçado" de palestinos.

O encontro dos líderes árabes ocorre dois meses após Israel encerrar o cessar-fogo firmado com o grupo terrorista Hamas. Nos últimos dias, Israel lançou ataques generalizados em Gaza e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, prometeu uma nova escalada para perseguir seu objetivo de destruir o Hamas.


FONTE: Estadão Conteúdo
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