O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que estabelece uma tarifa adicional de 40% sobre produtos importados do Brasil, elevando o total para 50% em diversas categorias. A medida, no entanto, inclui uma série de exceções que livram setores estratégicos como o de suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e autopeças, fertilizantes e produtos energéticos.
De acordo com comunicado divulgado pela Casa Branca, a nova tarifa passa a valer a partir do dia 6 de agosto e visa “proteger os interesses econômicos e estratégicos dos Estados Unidos”. A decisão foi formalizada semanas após Trump enviar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alertando sobre possíveis retaliações comerciais.
Segundo o governo americano, a ordem executiva foi motivada por práticas brasileiras que estariam prejudicando empresas dos EUA, ameaçando a liberdade de expressão de cidadãos americanos e afetando negativamente a política externa e a economia nacional.
Especialistas em comércio internacional apontam que a decisão de Trump tem forte caráter político, e pode representar um novo capítulo na relação bilateral entre Washington e Brasília, marcada por altos e baixos nas últimas décadas. A comunidade empresarial, tanto nos EUA quanto no Brasil, aguarda com atenção os desdobramentos da medida nas próximas semanas.