Polícia Civil divulgou, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (22), que a mãe e o padrasto de Mirella Dias Franco morta no final de maio aos três anos de idade, foram indiciados por tortura qualificada.
A menina foi levada a uma unidade de saúde de Alvorada no dia 31 de maio, já sem vida e com marcas de agressão no corpo. A mãe e o padrasto foram presos no dia 11 de junho.
Já o conselheiro tutelar, que atuou no caso e teria sido negligente com relação aos maus-tratos contra a menina, emitindo um relatório que comprovava a apuração das denúncias de agressão, será indiciado por falsificação de documento público e falso testemunho.
Segundo a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, a mãe e padrasto foram indiciados por tortura, na modalidade castigo, qualificada em razão da morte.
Relembre o caso
No dia 31 de maio, a criança foi levada pela mãe e pelo padrasto à um posto de saúde de Alvorada, na região metropolitana de Porto Alegre, com muitos ferimentos pelo corpo. Os médicos que atenderam a vítima confirmaram que ela chegou ao local já sem vida e que tinha diversos hematomas pelo corpo, porém não foi possível constatar quando ocorreram essas lesões.
Em depoimento ao delegado plantonista, a mãe e o padrasto da menina haviam relatado que as lesões tinham sido causadas por quedas durante brincadeiras, e que ela já tinha uma fratura desde janeiro causada por uma queda de bicicleta. Eles ainda disseram que a criança tinha histórico de convulsão.