Queven da Silva e Silva, de 26 anos, que confessou ter matado a ex-companheira, a cabeleireira Sarah Jersey Nazareth Pereira, de 23, foi amarrado pela própria mãe antes de ser levado pela polícia. Em depoimento, a mulher afirmou que queria que o filho se apresentasse às autoridades.
Sarah foi morta a tiros na madrugada da última terça-feira (26/7). De acordo a Polícia Civil, 16 cápsulas de balas foram encontradas no local do crime, sendo que Queven teria feito três disparos para o alto. Na mesma casa, no Centro do Rio, estavam os dois filhos que Sarah teve com seu executor e uma irmã.
Na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a auxiliar de serviços contou ainda que soube do crime por um outro filho, que disse ter ouvido “um boato” e que Queven teria feito “alguma coisa ruim com Sarah”. Conforme a declaração da mulher, ela passou então a ligar e a procurar pelo filho.
Embora já não estivesse mais com Sarah, Queven confessou e justificou o crime para a mãe: “Ela estava me traindo. Eu avisei: ‘Faz o que for, mas não me trai”, escreveu. Segundo a auxiliar de serviços, os dois tiveram um relacionamento de sete anos conturbado e com “diversas brigas”.
No dia do crime, segundo a mãe do criminoso, ele estava “bêbado e drogado”. Queven era usuário de cocaína e lança-perfume, e nunca foi internado para tratamento da dependência.
Segundo a mãe, ele já fez parte do tráfico de drogas do Morro dos Prazeres, onde morava com a família. Ela, no entanto, acredita que atualmente o filho é “apenas usuário de drogas, apesar de ainda manter amizade com os traficantes locais e conviver no meio deles”. Queven possui possui 47 passagens pela polícia, que incluem roubo, tráfico de drogas e homicídio.