Médicos anunciam o quarto caso no mundo de cura de paciente que vivia com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). O homem, que escolheu permanecer no anonimato, vivia com o HIV desde 1988 e passou a ser considerado livre do vírus aos 66 anos de idade. Ele recebeu um transplante de medula óssea para o tratamento de uma leucemia. O doador tinha uma mutação genética rara que fazia dele naturalmente resistente ao HIV. Após se recuperar do transplante, o paciente passou a não apresentar mais o vírus em amostras de sangue ou tecidos. Ele ficou 17 meses sem receber o tratamento antirretroviral e, mesmo assim, o vírus causador da Aids não voltou a aparecer nas amostras. O homem foi apelidado de “Paciente Cidade da Esperança”, em homenagem ao hospital onde foi tratado, na Califórnia, Estados Unidos.
A primeira vez que foi registrado um caso de remissão do vírus HIV em um organismo humano ocorreu há mais de 10 anos em Timothy Ray Brown, também conhecido como “Paciente de Berlim”. Desde então, outros três casos foram notificados, contando com o mais recente, anunciado na última quarta-feira, 27. Apesar do resultado bem-sucedido, os médicos afirmam que o transplante de medula não pode ser considerado o caminho para a cura do HIV. O tratamento é de alta complexidade, envolve riscos e depende de doadores compatíveis. Por outro lado, pesquisadores procuram uma forma de usar terapia genética na proteína que facilita o acesso do vírus aos glóbulos brancos e que afeta o sistema imunológico, provocando a Aids.
*Com informações da repórter Nanny Cox