29/08/2022 às 10h44min - Atualizada em 29/08/2022 às 12h00min
Não somos facistas. Somos produtores de alimentos!
Não somos facistas. Somos produtores de alimentos!
SALA DA NOTÍCIA Irvin Dias Costa de Souza Garcia
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva mostrou falta de consideração e desconhecimento do Agronegócio – para dizer o mínimo – em sua entrevista da semana passada no Jornal Nacional. Ao chamar o Agro de fascista cometeu um grave erro, que não pode ser ignorado por todos os produtores, trabalhadores do campo, indústrias e entidades ligadas ao setor produtivo agropecuário. Não, Lula, não somos fascistas. Nosso papel é colocar comida no prato das pessoas. No seu, inclusive. O Agro brasileiro é um gigante. Estamos produzindo 9 milhões de toneladas de carne bovina este ano, exportando 2 milhões de toneladas para mais de 150 países e contribuindo para alimentar 1 bilhão de pessoas em todo o planeta, segundo a Embrapa. Tudo isso sem avançar sobre os 66% do território nacional que segue preservado, respeitando a legislação ambiental mais rigorosa do mundo. O CEPEA acaba de divulgar que são 19 milhões de trabalhadores no campo. Essa legião de abnegados também foi atingida em cheio por sua declaração indevida, inoportuna e desnecessária. Aliás, feita para que? Para nos atingir e valorizar o MST, que você disse ser hoje um grande produtor de alimentos? Temos certeza de que os pequenos agricultores, que exalam suor diariamente para produzir hortifrúti e grãos também não gostaram de sua declaração – sim, pois também fazem parte dessa imensa e valorosa cadeia produtiva. Os pequenos agricultores estão entre os mais de 5 milhões de produtores rurais do país. Destes, 1,3 milhão são pecuaristas – dos mais diferentes tamanhos. Não fazemos politicagem. Nosso papel é produzir com qualidade e segurança. Para isso, queremos segurança e liberdade. Ao invés de sermos criticados, deveríamos ser valorizados. Afinal, nossa função é extremamente nobre. Aliás, você se alimentou hoje? Agradeça ao agronegócio! Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB)