Às vésperas das eleições para presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais, muitos já decidiram o voto, alguns ainda estão avaliando os nomes que lhes representarão no Executivo (nacional e estadual) e Legislativo (nacional e estadual). Porém, as pesquisas mostram que há uma parcela da população que não decidiu em quem votar e, pior, outra parte está preocupada com o sistema democrático e avalia se abster.
Apesar da obrigatoriedade do voto, muitos saem de suas casas e abrem mão do direito de tentar alterar o curso da política nacional, por meio do voto nulo, em branco ou simplesmente com justificativa por não ir à seção eleitoral.
Quero reforçar que o voto é muito importante. É a voz do povo. Quem não vota não tem direito de reclamar. O momento de mudar algo no país e depois cobrar é agora na eleição.
E não são poucos brasileiros que adotam esse comportamento. As pesquisas mostram crescimento exponencial desse ponto de vista. Por isso, trago números para avaliar.
A abstenção vem crescendo desde 2006, quanto atingiu 16,75%. Em 2018, foi de 20,03% apenas no primeiro turno. Quando falamos em faixa etária, os idosos acima de 70 anos representam a maior parcela (abstenção de 62,7%) e um em cada cinco jovens também não votam (20,03%).
Entre as 6,5 milhões de pessoas analfabetas, a abstenção chega a 50,8%. Entre quem lê e escreve (13 milhões de pessoas), 29% preferem se abster. Nesses 13 milhões estão quem tem ensino superior e o percentual de abstenção chega a 11,6%, sendo 13,7% entre os que têm superior incompleto e 13,9% dos que foram até o ensino médio.
Isso é preocupante. Muito preocupante. Independente das diferentes visões e pensamentos políticos, o objetivo da eleição é um só: a luta por um país melhor! Não podemos deixar o Brasil nas mãos dos poucos, que só pensam em si.
Defendo e apoio as campanhas que explicitam a importância do voto, sem apoiar necessariamente A ou B, mas evidenciar que escolher nossos representantes é ganhar o direito de protestar e cobrar.