A inovação é certamente uma das maiores virtudes do ser humano. A criação, a invenção e a adaptação são elementos que a humanidade anseia cada dia mais – e mais rapidamente. Em tempos atípicos, principalmente com o período de pandemia, o mundo se reinventou e criou novos modelos de trabalho e de consumo, estabelecendo novos hábitos e até mesmo novas regras para a vida.
O isolamento social foi o start para as empresas e as pessoas reconfigurarem um novo modelo. A adoção do home-office foi estabelecida pela maioria das empresas. Os pedidos por delivery e as compras online dispararam absurdamente. Os setores intermediários diretamente envolvidos, como as indústrias que produzem embalagens para transporte, tiveram que se adequar rapidamente para atender esse novo mundo instalado subitamente.
O fornecimento de matéria-prima para o setor, no entanto, foi um dos fatores que mais impactaram a produção, já que o principal insumo para a indústria provém da reciclagem. Como não havia circulação de pessoas na pandemia, não havia catadores, dessa forma, comprometendo toda a cadeia. Esse viés trouxe um impacto negativo para muitos empreendedores, decretando falência em muitas empresas.
Com a gradual normalização de matéria-prima, e a plena retomada das atividades – após a tempestade invisível que empacotou as pessoas – muitos novos hábitos criados na intempérie do sistema se consolidaram. As idas para os escritórios diárias caíram pela metade – no modo híbrido – ou se tornaram 100% home-office. As compras online também se estabeleceram num patamar elevado, com projeções de crescimento acima da média mundial.
De acordo com um levantamento da CupomValido, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas vezes maior que a média mundial, estabelecida em 11,35%, e ficando acima de países como o Japão (14,7%), os Estados Unidos (14,55%) e França (11,68%). O estudo revelou ainda que o país lidera o ranking de crescimento das vendas online – 22,2% em 2022. Além disso, estima-se um crescimento das compras online, no período de 2022 a 2025, de 20,73% ao ano.
Nesse contexto, a indústria que produz embalagens para transporte de inúmeras mercadorias é um player fundamental nessa cadeia. Embalados por um novo mundo de consumo, as empresas que produzem caixas de papelão surfam em uma projeção real de crescimento do setor.
Consolidada essa tendência, é fundamental que a indústria tenha em mente a arte de inovar. Novas soluções, instalações, máquinas e equipamentos e inteligência em softwares conferem o compromisso com a qualidade de uma empresa focada em se manter altamente competitiva e forte, num cenário promissor como vislumbra ser os próximos anos.
*Cícero Mário é diretor comercial da Delta Indústria de Caixas de Papelão. deltacaixaspapelao.com.br