15/12/2022 às 14h30min - Atualizada em 16/12/2022 às 00h01min

Com setor de Serviços em alta, PIB crescerá e traz otimismo ao ramo de embalagens

Demanda aquecida impulsionou produção de fábricas da área, como a Mazurky

SALA DA NOTÍCIA Patrícia Soares

A maior circulação de pessoas e a recuperação do poder de compra alavancaram o setor de Serviços, principal responsável pelo crescimento econômico em 2022. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), todas as categorias de serviços superaram o patamar em que se encontravam antes da pandemia e a instituição projeta que o PIB (Produto Interno Bruto) de Serviços encerre 2022 com crescimento de 3,9%.

O cenário impulsionou o setor de embalagens, considerado o termômetro da economia, caso da Mazurky, fábrica de embalagens de papelão ondulado, instalada em Mauá (SP). “Tudo o que se compra vem dentro de uma caixa, então, o reaquecimento da economia, passado o período crítico da pandemia, deu um gás na fabricação”, fala o diretor Eduardo Mazurkyewistz.

Segundo o boletim estatístico mais recente da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), em termos de volume, a expedição de caixas, acessórios e chapas de papelão ondulado alcançou de 344.746 toneladas no mês, segundo maior volume expedido para os meses de outubro, ficando abaixo apenas do recorde desse mês em 2020 e ligeiramente acima de outubro de 2019.

Cenário estimula investimentos

A retomada do poder de compra tem estimulado empresas a inovarem para se diferenciarem e atraírem mais consumidores. Estes, por sua vez, estão cada vez mais exigentes e dando preferência à produtos ecologicamente corretos. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em novembro, mostrou que metade dos entrevistados afirmou que verifica se o produto que pretende adquirir foi feito de forma ambientalmente sustentável, sendo que 24% sempre checam e 26% na maioria das vezes.

De olho nesse fato e na mudança de comportamento do consumidor, a Mazurky investiu recentemente em equipamento de última geração de impressão digital de alta performance, sendo a primeira fábrica brasileira do ramo a contar com a tecnologia oferecida pelo maquinário, que reproduz imagens com qualidade de fotografia em chapas de papelão ondulado, papel cartão e polipropileno ondulado. A máquina, ainda, tem foco sustentável, contribuindo para uma economia circular real graças à redução dos custos de superprodução, desperdício e armazenamento. A cura por LED reduz o consumo de energia e elimina o uso de água para lavar impressoras e tintas, estas que são sem compostos orgânicos voláteis perigosos e não requerem recuperação de vapor.

 

Oportunidade de negócios

Para Mazurkyewistz, é importante mostrar o valor que têm as embalagens e que, além da questão ambiental do papelão, 100% reciclável, há um potencial enorme para reforçar a divulgação das marcas de muitas formas inovadoras. “Não pode ser apenas algo para transportar ou armazenar produtos e depois ser descartado. Com essa tecnologia que adquirimos, por exemplo, a embalagem se comunica com o consumidor, tendo uma mídia barata”, salienta.

Um dos itens produzidos na Mazurky é a “Cestinha Sustentável”, criação dos empreendedores Marcus Santarem e André Souza. Feita de papelão ondulado, com 30% de papel reciclado, livre de petroquímicos e aditivos tóxicos, suporta até oito quilos e conta com uma proteção impermeável para receber alimentos resfriados e/ou congelados, podendo substituir as tradicionais cestas utilizadas em supermercados, farmácias e demais estabelecimentos comerciais. A Cestinha Sustentável tem a capacidade de passar por até oito ciclos de reciclagem e, ao final da sua vida útil, pode ser transformada em composto orgânico rico em nutrientes minerais em até quatro meses, sem contaminar o meio ambiente, como os plásticos que levam até 400 anos para se decompor, por exemplo.

A cestinha também é ferramenta para promover os negócios, já que é projetada para funcionar como um espaço para anunciantes. “As cestinhas podem ser personalizadas, estampando o logo da empresa, destacando a associação da marca a um produto ecológico”, pontua Mazurkyewistz. “Abre-se uma porta imensa para novas campanhas de marketing e até mesmo para a criação de novos modelos de negócios. É preciso pensar fora da caixa, como dizem, ou, no nosso caso, pensar na caixa”, conclui.


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