As demissões no Twitter atingiram 80% dos funcionários da rede social, diz reportagem publicada no site da CNBC. Desde que Elon Musk comprou a plataforma, em outubro, o quadro de trabalhadores saiu de 7.500 para 1.300, de acordo a publicação, que diz ter tido acesso a documentos internos.
Um executivo já tinha falado, em novembro, que metade dos funcionários tinha sido cortada. Outras demissões se seguiram e a medida também atingiu o Brasil.
Além dos cortes, Musk também pôs fim à política de home office instalada pelo antigo presidente-executivo Jack Dorsey, que deixou a função no fim de 2021, ainda em meio à pandemia.
Segundo a CBNC, o Twitter conta agora com menos de 550 engenheiros trabalhando em tempo integral. Já a área responsável pelas recomendações sobre a política de uso da plataforma passou a ter apenas 20 funcionários.
Por outro lado, ainda de acordo com o site, Musk autorizou que 130 empregados de suas outras empresas a trabalharem para o Twitter, incluindo a montadora Tesla e a aeroespacial SpaceX.
Pássaro azul leiloado – Na última semana, o Twitter leiloou diversos objetos do escritório-sede, em São Francisco, entre cadeiras, eletrônicos e até uma luminária do pássaro azul, símbolo do Twitter, que decorava o local. Os lances foram encerrados na quarta e a plataforma não informou quanto arrecadou.
Crise nas “big techs”
Além do Twitter, as “big techs” também têm realizado demissões. A lista inclui o Google, a Amazon, a Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp) e a Microsoft que, juntas, cortaram mais de 50 mil funcionários nos últimos 3 meses.
O grupo de “big techs” perdeu US$ 3,901 trilhões em valor de mercado nos últimos 12 meses. Isso equivale a cerca de R$ 21 trilhões, na cotação de 4 de janeiro.
Os dados são de um levantamento feito por Einar Rivero, da consultoria TradeMap, comparando os valores de mercado no último dia 4 com os de 1 ano atrás.
Ao mesmo tempo, bilionários da área também viram suas fortunas diminuírem. Elon Musk, que deixou de ser o homem mais rico do mundo em dezembro, tem acumulado perdas nos últimos meses: desde novembro de 2021, seu patrimônio encolheu em US$ 212 bilhões, de acordo com a agência Bloomberg.
Entre outras empresas, Musk é o dono da montadora de carros elétricos Tesla, que também patinou no mercado de ações no ano passado, e do Twitter, que se retirou da bolsa com a venda para Musk, concluída em outubro.