O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou em sigilo de cinco anos informações detalhadas sobre os nomes dos 3.500 convidados que participaram do coquetel oferecido no Itamaraty no dia da posse, ocorrida no dia 1º de janeiro.
O argumento do Ministério de Relações Exteriores é que as informações têm “caráter reservado”. A pasta cita artigo da LAI (Lei de Acesso à Informação) que determina a classificação de informações que possam “prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais” do País.
O ministério também menciona trecho do decreto nº 7.724 de 2012, que regulamentou a lei, segundo o qual informações pessoais “relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem” devem ter acesso restrito.
O órgão informou ainda que “conforme amplamente veiculado, no evento deste ano verificou-se a visita do maior número de delegações estrangeiras desde os Jogos Olímpicos de 2016. Foram ao todo 73 comitivas estrangeiras, além de quase 80 representantes do Corpo Diplomático em Brasília”.
Os gastos da festa, por outro lado, são dados públicos. A Secretaria-Geral da Presidência informou que a posse custou R$ 627,9 mil. O montante não distingue o coquetel de toda a cerimônia, mas exclui os gastos com o “Festival do Futuro”.