29/01/2023 às 21h05min - Atualizada em 30/01/2023 às 00h47min

Futuro líder do PT no Senado pede que presidente do PL seja investigado por suposta destruição de propostas de teor golpista

Futuro líder do PT no Senado pede que presidente do PL seja investigado por suposta destruição de propostas de teor golpista - Jornal O Sul

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O futuro líder do PT no Senado, Fabiano Contarato, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigue o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, por suposta destruição de propostas de teor golpista.

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo, Valdemar disse que diversos membros e interlocutores do governo Jair Bolsonaro tinham, em suas casas, propostas similares à “minuta do golpe” encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres.

O documento apreendido na casa de Torres sugeria a decretação de um “estado de defesa” no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alterar o resultado eleitoral que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição.

Na mesma entrevista, Valdemar disse que ele mesmo recebeu várias dessas sugestões – mas tomou o “cuidado” de triturar os papéis.

“Tinha gente que colocava [as propostas] no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei”, disse o presidente do PL.

O pedido de Contarato é para que Valdemar seja investigado pelo crime de supressão de documento. O parlamentar pede ainda que o presidente do PL seja ouvido com urgência pela Polícia Federal para apurar a suposta prática do crime.

A representação do senador foi protocolada nesta sexta (27) e endereçada ao ministro Alexandre de Moraes.

Deputados bolsonaristas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesse sábado (28) que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive um pedido feito por um grupo de advogados para que o tribunal suspenda a posse e apure eventuais ações de deputados bolsonaristas nos atos golpistas de 8 de janeiro.

A PGR se manifestou após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, estabelecer o prazo de 24 horas para a análise do pedido. A ação é praxe e está prevista nas regras internas do Supremo. Pela Constituição, cabe ao Ministério Público Federal avaliar se propõe investigações e denúncias na área criminal e ações na área eleitoral, se detectar indícios de irregularidades.

Em manifestação ao STF, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, afirmou que a eventual análise da conduta dos parlamentares cabe ao Conselho de Ética da Câmara e que os advogados não apresentaram elementos que justifiquem abertura de inquérito contra uma parte dos deputados citados.

“É atribuição do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar examinar as condutas imputadas na petição aos Deputados Federais eleitos e diplomados, nos termos do artigo 21, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados”, escreveu.

O pedido de suspensão da posse dos parlamentares foi feito pelos advogados do Grupo Prerrogativas e citou ações dos deputados:

– Luiz Ovando (PP-MS);
– Marcos Pollon (PL-MS);
– Rodolfo Nogueira (PL-MS);
– João Henrique Catan (PL-MS);
– Rafael Tavares (PRTB-MS);
– Carlos Jordy (PL-RJ);
– Silvia Waiãpi (PL-AP);
– André Fernandes (PL-CE);
– Nikolas Ferreira (PL-MG);
– Sargento Rodrigues (PL-MG);
– Walber Virgolino (PL-PB).

A posse dos parlamentares está marcada para a próxima quarta-feira (1º).



Fonte: https://www.osul.com.br/futuro-lider-do-pt-no-senado-pede-que-presidente-do-pl-seja-investigado-por-suposta-destruicao-de-propostas-de-teor-golpista/
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