O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cumprindo à risca uma nova dieta por conta de uma intolerância à lactose circunstancial. Por essa razão, o cardápio que será servido no almoço que ele terá com a cúpula da Marinha, nesta quinta-feira (23), teve que ser adaptado a seus novos hábitos alimentares.
Lula estará em Itaguaí, na Baixada Fluminense (RJ), para visitar as instalações do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), para saber em que estágio de desenvolvimento está o projeto que ele mesmo criou em 2008, ao assinar um acordo de transferência tecnológica com a França.
No almoço, que também terá a presença da primeira-dama Janja, serão servidos como pratos principais carne e peixe, a pedido do presidente, e saladas, a pedido dela. Apesar de não estar comendo nada que contenha leite ou seus derivados, foi Lula quem sugeriu pudim e sorvete para sobremesa.
O presidente também cortou o álcool de seu dia a dia. Mas, como pode mudar de ideia em cima da hora, indicou duas cachaças para abrir o apetite e brindar com os militares. Lula escolheu a Ypióca 160 anos, uma aguardente composta, resultado da mistura de cachaça envelhecida por seis anos em tonéis de carvalho e whisky de malte, além da Pitú Vitoriosa, uma aguardente envelhecida por 5 anos em barris de carvalho francês e, em seguida, transferida para barris de carvalho americano para o aprimoramento do sabor e coloração. As garrafas de 700 ml em média custam entre R$ 99 e R$ 470.
Condição
A intolerância à lactose ou hipolactasia é uma reação do corpo ao açúcar lactose, presente em derivados de leite.
Todo ser humano possui a proteína lactase para poder digerir bem nosso leite materno. Com o passar dos anos, algumas pessoas vão parando de produzir essa proteína e, assim, perdem a capacidade de digerir laticínios.
O corpo, então, tenta expulsar a lactose do nosso corpo, gerando flatulência, náusea e até diarreia. Essa rejeição à lactose pode variar em intensidade e depende de diversas circunstâncias.
A maioria das pessoas com intolerância à lactose a tem por conta de questões genéticas. Segundo um estudo da UNIPAMPA publicado em 2013, algo entre 43% e 51% dos brasileiros possuem algum tipo de hipolactasia.
A condição não é considerada uma doença e também não é fatal, mas causa grande desconforto ao paciente.
A intolerância à lactose não pode ser completamente revertida. Contudo, a redução no consumo de laticínios já ajuda no alívio dos sintomas. Também existem medicamentos que suplementam a deficiência de lactase e permitem o consumo dos derivados do leite.
O acompanhamento médico é essencial para avaliar a gravidade da situação e a qualidade da dieta e, assim, garantir a saúde do paciente com hipolactasia.