19/04/2023 às 22h17min - Atualizada em 20/04/2023 às 00h01min

Após demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, líder do governo defende CPI dos Atos Golpistas

Após demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, líder do governo defende CPI dos Atos Golpistas - Jornal O Sul

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Após a demissão do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), defendeu a criação da CPMI dos Atos Golpistas.

Até então, o governo vinha resistindo ao pedido de criação da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI), reivindicado pela oposição.

“Nós queremos a leitura desse requerimento de CPMI. Vamos para essa investigação e vamos com força”, afirmou o senador Rodrigues no plenário do Senado. “Queremos porque no 8 de janeiro tivemos três vítimas nesse país: a República, a democracia e o atual governo. Não fomos os algozes do 8 de janeiro, nós somos as vítimas”, concluiu.

Obstrução

A fala do senador foi feita durante sessão ordinária do plenário do Senado, nessa quarta-feira (18), enquanto a oposição obstruía as pautas previstas para votação. A obstrução é um dispositivo utilizado pelos parlamentares para evitar que matérias que estão em pauta sejam votadas.

A obstrução foi anunciada pelo líder do Partido Liberal (PL), Carlos Portinho (PL-RJ), como forma de protesto ao adiamento da sessão do Congresso Nacional que ocorreria na terça (18) e tinha como pauta a leitura da criação da CPMI.

Seguindo o PL, os líderes do Partido Progressista (PP), Republicanos e Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) também anunciaram a obstrução da pauta.

Durante todo o dia, votações na Câmara e no Senado foram obstruídas pela oposição em resposta à decisão de Pacheco de adiar a leitura do requerimento de criação da CPI mista, apresentado pelo deputado André Fernandes (PL-CE).

Ao mesmo tempo, enquanto os novos vídeos da invasão ao Palácio do Planalto eram divulgados, lideranças contrárias ao governo Lula iniciaram nas redes sociais um movimento de pressão para forçar a leitura do pedido.

Adiamento

Na terça, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para o dia 26 de abril a sessão do Congresso que estava prevista para a realização da leitura do pedido de CPMI.

A decisão do adiamento foi tomada durante reunião de líderes partidários e atende a um pedido de parlamentares aliados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A base aliada ao governo criticava nos últimos meses a iniciativa encampada por lideranças da oposição.

Inicialmente, parlamentares aliados a Lula chegaram a assinar e declarar apoio a uma investigação parlamentar dos ataques, mas retiraram após avaliações divergentes de ministros e do próprio presidente.

A justificativa dada por eles era que órgãos de investigação já trabalhavam no caso e não havia demora em agir.



Fonte: https://www.osul.com.br/apos-demissao-do-ministro-do-gabinete-de-seguranca-institucional-lider-do-governo-defende-cpi-dos-atos-golpistas/

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