O presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu, em reunião nessa quarta-feira (3), o nome do general Marcos Antônio Amaro dos Santos para assumir o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A escolha foi oficializada em encontro com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o próprio general Amaro, que foi responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff e comandou a Casa Militar da petista.
O militar assume o comando do GSI no lugar do general Gonçalves Dias, que pediu demissão no dia 19 de abril, após a divulgação de imagens da atuação dele e de outros militares do Gabinete de Segurança Institucional durante os ataques golpistas de 8 de janeiro, quando criminosos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Após a demissão, o órgão foi passou a ser comandado interinamente por Ricardo Cappelli, que também atuou como interventor federal na segurança pública do DF após os ataques.
Desde que assumiu o GSI, Cappelli passou a arquitetar uma reestruturação no órgão, que será apresentada a Lula. No fim de abril, pelo menos 146 servidores foram exonerados do gabinete.
Perfil
Nascido na cidade de Motuca, no interior de São Paulo, em 25 de setembro de 1957, Amaro é casado com Rosa Tiglia Amaro dos Santos e tem dois filhos, Marcos e Rafael, ambos oficiais do Exército Brasileiro.
Ele ingressou no Exército em 1974, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, onde concluiu o curso dois anos depois. Em 1977, iniciou uma formação na Academia Militar das Agulhas Negras, quando foi declarado aspirante a oficial da Arma de Artilharia, em 1980.
Realizou MBA em Excelência Gerencial com ênfase em Gestão Pública, pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), e especialização em Administração, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também fez cursos de política, estratégia, alta administração do Exército e estudos básicos de paraquedismo e observador aéreo. Nos Estados Unidos, estudou Busca de Alvos e Artilharia.
Durante a sua trajetória, comandou a Divisão de Exército, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, de 2004 a 2005, e a Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército, de 2007 a 2010. Em 2018, chefiou a Secretaria de Economia e Finanças do Exército Brasileiro.
Amaro também ocupou o cargo de adjunto da Casa Militar da Presidência da República no segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que foi impeachada, e do Gabinete de Segurança Institucional do Planalto. Também foi Adido Militar na Embaixada do Brasil no Suriname.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Amaro foi nomeado Chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, e foi comandante militar do Sudeste.