21/05/2023 às 22h04min - Atualizada em 22/05/2023 às 00h01min

“Exame do sono”: entenda como é o procedimento que pode ajudar a identificar a causa do ronco

"Exame do sono": entenda como é o procedimento que pode ajudar a identificar a causa do ronco - Jornal O Sul

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A polissonografia, também chamada de “exame do sono”, é um procedimento para diagnosticar distúrbios que acontecem enquanto dormimos. O exame também avalia a qualidade do sono do paciente já que registra diversas alterações que ocorrem no nosso corpo durante o sono.

O método considerado “padrão-ouro” é feito em laboratórios especializados e hospitais, embora algumas técnicas mais modernas e realizadas em casa também ajudem.

Para realizá-lo, o paciente deve então ser monitorado durante uma noite completa de sono.

Abaixo, entenda em dez pontos como a polissonografia é feita e o que fazer após seus resultados.

1. Como é o exame? A polissonografia geralmente é feita em centros especializados, onde o paciente é ligado a sensores em todo o corpo para o monitoramento do sono.

No serviço privado, porém, existem técnicas que permitem a realização do exame quase que completo em casa.

2. Por que a polissonografia é feita? A polissonografia é fundamental para o diagnóstico de distúrbios do sono, como a Apneia Obstrutiva do Sono. A apneia é a causa mais grave do ronco. Ela ocorre quando as nossas vias áreas se estreitam num ponto que chegam a ficar bloqueadas, interrompendo a respiração por alguns segundos.

Além disso, o exame também pode ser solicitado para ajustar o tratamento de distúrbios já identificados.

3. Quais distúrbios do sono o exame pode identificar? Além da apneia obstrutiva do sono, a polissonografia pode diagnosticar os seguintes distúrbios:

– Quadros de narcolepsia, ou seja, aqueles episódios incontroláveis de sono durante o dia;
– Transtornos convulsivos causados pelo sono;
– Perturbações musculares, como o transtorno do movimento periódico dos membros, que causa principalmente a movimentação involuntária e periódica das pernas durante o sono;
– Parassonias, um grupo de graves distúrbios que podem resultar em sonambulismo e quadros de despertar associados a um estado de confusão mental;
– Além de quadros mais graves e recorrentes de insônia.

“Às vezes, o paciente tem a percepção que ele não dorme ou de que ele tem até um sono de qualidade razoável. Então, são várias as alterações que podem ser avaliadas melhor com a polissonografia”, diz Rosana Cardoso Alves, médica do sono do Fleury Medicina e Saúde.

4. Quando é indicado fazer? Um médico pode recomendar a polissonografia se suspeitar que você sofre de apneia do sono ou dos outros problemas relacionados ao sono mencionados acima.

No caso da apneia, é importante estar atento aos seguintes sintomas:

– Se você percebe (ou costuma acordar após) paradas de respiração ao longo da noite;
– Se você faz ruídos ofegantes e sufocantes enquanto dorme;
– E se você se sente bastante cansado, irritado e sonolento ao longo do dia.

Se você também encontrar alguém apresentando esses sinais de alerta, leve-o ao médico. A recomendação para o paciente fazer polissonografia é dada a partir de suspeitas de diagnóstico como transtornos de sono, transtornos respiratórios de sono, transtornos de movimento relacionados ao sono”, comenta Andrea Bacelar, neurologista e Diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira do Sono (ABS).

5. O que acontece durante o exame? Os testes monitoram diversas informações enquanto dormimos, como:

– Funções cerebrais;
– Movimentos oculares;
– Atividades musculares;
– Ritmo cardíaco;
– Níveis de saturação de oxigênio;
– Fluxo de ar na garganta;
– Movimentação do tórax.

6. O que eu preciso saber antes? Se você planeja fazer uma polissonografia, evite o consumo de álcool e cafeína até no máximo às 14h da tarde do dia do teste. Além disso, evite dormir à tarde. Se você faz uso de medicações, o NHS, o serviço de saúde britânico, também recomenda que você as tome normalmente durante o dia. Porém, converse antes com o seu médico sobre o uso das drogas durante o período próximo à realização do exame.

7. Em quanto tempo posso fazer o exame? O exame precisa ser feito durante uma noite completa de sono. Prepare-se para pernoitar no hospital ou em um laboratório para realizá-lo.

8. Tem algum risco? A polissonografia é muito segura, indolor e não tem efeitos a longo prazo.

9. Os resultados são confiáveis? Sim, principalmente no caso da polissonografia “padrão-ouro”, os resultados são bastante confiáveis e ajudam no diagnóstico de distúrbios relacionados ao sono. “Com o exame, é possível que o médico confirme várias hipóteses diagnósticas, não somente a apneia do sono, mas muitos outros transtornos de sono que fazem parte dos mais de cem itens catalogados na Classificação Internacional dos Transtornos de Sono”, acrescenta Andrea.

10. E o que fazer depois? Depois que um especialista avaliar as informações coletadas durante o exame, você pode ter o diagnóstico negado ou confirmado para algum distúrbio.

No caso positivo para a apneia do sono, por exemplo, depois de constatada a síndrome, seu médico pode até indicar o uso de aparelhos para a melhora do quadro, como o CPAP, que funciona oferecendo uma pressão de ar alta o suficiente para evitar o fechamento (colapso) de suas vias aéreas.



Fonte: https://www.osul.com.br/exame-do-sono-entenda-como-e-o-procedimento-que-pode-ajudar-a-identificar-a-causa-do-ronco/

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