O Google anunciou nesta terça-feira que vai excluir, a partir de dezembro, todas as contas que permaneceram inativas por dois anos ou mais, em uma tentativa de prevenir ameaças à segurança, incluindo ação de hackers.
Segundo a empresa, a exclusão afetará o Gmail e outros serviços do Workspace, como Docs, Drive, Meet e Calendar, bem como YouTube e Google Fotos.
O Google informou ainda que a nova política se aplicará apenas a contas pessoais e não afetará contas de organizações como escolas ou empresas, ou com assinatura Google One.
A gigante de buscas, controlada pela Alphabet, diz que a medida tem como objetivo “ampliar a segurança na internet”. Isso porque, segundo a empresa, contas abandonadas são vulneráveis e “podem ser usadas por agentes mal intencionados para diversas ações, desde roubo de identidade até disseminação de spam”.
Em 2020, o Google havia dito que removeria o conteúdo armazenado em uma conta inativa, mas não excluiria a própria conta.
Segundo a agência Reuters, antes da exclusão, serão enviadas notificações, a partir desta terça-feira, tanto para o endereço de e-mail da conta quanto para o e-mail de recuperação das contas inativas, caso tenha sido fornecido.
Na semana passada, o bilionário Elon Musk disse que o Twitter também removeria contas inativas por vários anos e as arquivaria, dizendo que a ação é “importante para liberar contas abandonadas”.
Instagram x Twitter
O Instagram planeja lançar um aplicativo de texto que competirá com o Twitter. A empresa, controlada pela Meta, está testando o projeto com celebridades e influenciadores, segundo fontes. O Instagram está em discussões com criadores há meses, embora nenhum deles tenha acesso à versão completa do aplicativo até o momento. Veja o que se sabe até agora:
– A nova plataforma deverá ser lançada em junho deste ano;
– O aplicativo terá um feed central, com conteúdo recomendado e visualização dos seguidores;
– Além de vídeos e imagens, o usuário poderá publicar textos de 500 caracteres (menor que uma legenda no Instagram);
– A plataforma será separada do Instagram, mas permitirá que as pessoas conectem suas contas;
– Recursos de segurança habilitados no Instagram serão sincronizados com a nova plataforma. Exemplo: se o usuário bloqueou alguém no IG ou restringiu uma palavra, ela também será bloqueada no novo app;
– O aplicativo poderá ser compatível com outros concorrentes do Twitter, incluindo o Mastodon.
As informações a respeito do novo aplicativo foram publicadas por Lia Haberman, professora que leciona marketing social e de influência na Universidade da Califórnia (UCLA). Lia publicou as novidades em seu perfil no Twitter. A Bloomberg procurou o Instagram, mas a empresa não respondeu ao pedido de comentário até a última atualização desta reportagem.
“Com base em um exemplo (um tanto confuso) que obtive, o novo aplicativo da Meta se parece muito com o Twitter. Então, ele poderia ter todas as telas que vemos no feed do Twitter ultimamente? Talvez. É impossível prever como o público responderá, mas essa pode ser uma alternativa”, escreveu ela.
A caótica aquisição do Twitter pelo bilionário Elon Musk fez com que alguns usuários procurassem alternativas ao aplicativo. Esse movimento criou uma abertura no mercado para o desenvolvimento e popularização de novos aplicativos com foco em textos.
“Historicamente, sabemos que a Meta (dona do Instagram) gosta de experimentar e recriar recursos de outros aplicativos e ferramentas de terceiros com base no que eles antecipam ser populares entre seus usuários”, disse Haberman.
O site de notícias Moneycontrol.com, com sede em Mumbai, informou que em março a Meta estava explorando projetos para um aplicativo baseado em texto, cujo nome interno do projeto era ‘P92’. Outros veículos relataram que o nome de código era ‘Barcelona’.