14/12/2023 às 23h17min - Atualizada em 15/12/2023 às 06h01min

Em Canoas, mulher acusada de ser cúmplice em execução de jovem fotógrafo vai a júri popular nesta sexta-feira

Em Canoas, mulher acusada de ser cúmplice em execução de jovem fotógrafo vai a júri popular nesta sexta-feira - Jornal O Sul

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Apontada pelo Ministério Público do Rio do Grande do Sul (MP-RS) como cúmplice do assassinato de um jovem fotógrafo em Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre), uma mulher será submetida a júri popular nesta sexta-feira (15) na mesma cidade. Será ouvida apenas uma testemunha em plenário e a expectativa é de conclusão dos trabalhos no mesmo dia.

O crime foi cometido em julho de 2015. A ré teve sua prisão preventiva decretada em outubro passado, quando estava em Porto Alegre. Ela é acusada de homicídio qualificado por três agravantes: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, José Gustavo Bertuol Gargioni, 22 anos, cujo corpo crivado de tiros foi encontrado na Praia de Paquetá.

De acordo com o processo, a mulher mantinha um duplo relacionamento amoroso. Um era o fotógrafo. O outro, um integrante de facção criminosa, já casado e que não gostou de saber que sua amante também se encontrava romanticamente com Gargioni.

Ela teria sido pressionada pelo parceiro ciumento a armar uma emboscada contra o fotógrafo, atraindo-o para um encontro privado em local ermo. Assim que chegou ao local, sem desconfiar da situação, o rapaz foi rendido, agredido e executado com diversos tiros.

O autor dos disparos já sentou no banco dos réus, em 2020. Recebeu pelo crime uma sentença de 20 anos de prisão. Sua cúmplice deveria ter sido julgada na mesma ocasião, mas respondia em liberdade e acabou não comparecendo ao Foro de Canoas. A defesa alegou problemas de saúde por parte da mulher, o que levou a uma divisão do processo.

Detalhes

Durante aproximadamente dois anos, Gustavo trabalhou na equipe de fotógrafos do Palácio Piratini, em Porto Alegre, na época em que o Estado tinha Tarso Genro como governador. Na época de sua morte, estava vinculado a uma produtora de eventos de Canoas.

Com auxílio de câmeras de segurança e monitoramento, além de outras informações, os investigadores puderam mapear o trajeto feito por ele após entrar no carro em que a mulher o aguardava para um suposto encontro, sem saber que o criminoso estava escondido junto ao banco traseiro e armado com uma pistola.

O fotógrafo foi então rendido e levado até a Praia do Paquetá, em Canoas. Ele teria reagido e entrado em luta com o casal, mas acabou dominado, apanhou e, por fim, executado. O trabalho da perícia constatou que ele foi torturado antes de receber um total de 19 tiros.

Ele havia sido visto pela última vez ao se dirigir até uma academia de musculação. Chegou a ser considerado desaparecido no dia posterior ao crime, até o seu corpo ser encontrado.

(Marcello Campos)


Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul



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