Não era a comemoração esperada para esse ano, mas a realidade vivida pelo Rio Grande do Sul atualmente mudou os planos. Daqui exatamente um mês, o município celebra o aniversário de 200 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães ao Brasil, fundando a então Colônia de São Leopoldo. Por isso, diversas atividades estavam programadas para 2024, especialmente nos meses de junho e julho, mas a enchente histórica acabou alterando o cronograma.
Uma das principais mudanças, é a transferência de data da São Leopoldo Fest, evento que neste ano teria 16 dias, com variadas atrações no Largo Rui Porto. “O que temos acordado é o adiamento. Pensamos em fazer depois das eleições, mas ainda não definimos uma data. Isso está em negociação e conversa”, afirmou o secretário de Cultura e Relações Internacionais (Secult), Marcel Frison, sobre a realização da tradicional festa leopoldense.
Segundo Frison, todas as ações previstas para o Bicentenário estão sendo estudadas para um possível remanejo de datas. “Estamos conversando e acertando, a partir da situação que estamos enfrentando”. Da intensa programação divulgada pela prefeitura, que previa atividades até setembro, apenas dois eventos devem ocorrer nos dias já agendados.
Uma dos eventos que segue mantido é um espetáculo musical, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, onde está situação o túmulo de Padre Reus. “No dia 13 de julho, teremos apresentação de um concerto da Presto, quando será lançada a cantata, que é uma canção erudita, preparada especialmente para o Bicentenário”, disse Frison.
O ponto alto das solenidades programadas pela prefeitura deve ocorrer no próprio dia 25 de julho, data prevista para a inauguração do Monumento do Bicentenário, na Praça Tiradentes. A estrutura, de mais de 5 metros de altura, está sendo feita pelo escultor, arquiteto e urbanista Vinicius Vieira, que venceu um concurso para executar a obra, denominada “Diversidade em 200 anos”. As chuvas atrasaram a produção da peça, mas a estimativa da Secult é de entregá-la, de fato, em 25 de julho, a depender das condições climáticas.
“Pro mês de julho basicamente é isso. Estamos discutindo também a realização de um culto inter-religioso, para trazer esse momento de fé e oração”, revelou o secretário, lembrando que, a inauguração do monumento deve contar com a presença do governador do Estado e uma delegação de representantes da Alemanha. “É o que podemos oferecer. Em respeito às vítimas da catástrofe que atingiu metade da nossa cidade, fazer algo festivo agora, não seria adequado”, ponderou.
Outro evento já programado para a data é a reabertura do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo (MHVSL), que foi severamente atingido pela enchente de maio, sofrendo danos em seu acervo e documentos. “Após superar esses desafios, é hora de retomar as atividades e celebrar a vida, a solidariedade e a perseverança de nossos antepassados e a nossa, no tempo de recomeços em que vivemos”, destacou a instituição em uma das postagens chamando o evento.
O presidente do MHVSL, Cássio Tagliari, confirmou que a instituição promoverá a Einwanderungs Fest (ou Festa da Imigração), no dia 25 de julho, mas, desta vez, em formato um pouco diferente dos eventos realizados nos últimos anos, como uma celebração para a reabertura e comemoração pelo Bicentenário. “E devemos ter alguma ação beneficente em conjunto com o evento”, completou.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.
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