A expedição “Criosfera 2022”, que instalará um laboratório científico a aproximadamente 2 mil quilômetros ao sul da estação brasileira na Antártica – chamada Comandante Ferraz – começou na sexta-feira (09).
A missão é liderada por Jefferson Cardia Simões, vice-pró-reitor de Pesquisa da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), vice-presidente do Comitê Internacional de Pesquisa Antártica e cientista líder do Proantar (Programa Antártico Brasileiro). Serão utilizados tratores polares e aviões com esquis para locomoção em uma área equivalente à Região Sul do Brasil. Essa é considerada a maior expedição brasileira já feita no interior do continente antártico.
O laboratório, chamado “Criosfera 2”, construído com tecnologia brasileira, coletará dados do clima e da concentração de dióxido de carbono (o CO2, principal gás do efeito estufa). Ao mesmo tempo, parte dos cientistas da expedição estarão fazendo perfuração do gelo antártico para reconstruir a história de uma das geleiras antárticas que pode contribuir de maneira abrupta para o aumento do nível do mar global.
Trata-se da Geleira da Ilha Pine, que tem mostrado rápidas mudanças nas últimas duas décadas. Um terceiro grupo ainda irá fazer a manutenção daquele que é o laboratório latino-americano mais ao sul do Planeta, o Criosfera 1.
A missão conta com professores da UFRGS, da UFPA (Universidade Federal do Pará) e da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e faz parte do Proantar.