27/06/2022 às 15h31min - Atualizada em 29/06/2022 às 00h11min

Plataforma digital de pagamento por serviços ambientais no Cerrado ganha nova versão

Site do PSA Cerrado foi reformulado e traz nova página com dados e informações de acesso aberto sobre o histórico do uso e ocupação do solo no bioma, a cultura da soja e análises geoespaciais

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Desenvolvido pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) em parceria com a Agrosatélite - empresa referência em sensoriamento remoto e inteligência geográfica para o agronegócio e o meio ambiente -, o PSA Cerrado é uma plataforma digital que visa operacionalizar iniciativas e programas de compensação financeira dos produtores rurais que conservam vegetação nativa em suas propriedades para além dos limites mínimos de reserva legal exigidos por Lei.

Na página psacerrado.com.br, estão disponíveis publicamente dados inéditos sobre a dinâmica de expansão da soja no Cerrado desde a safra 2013/14 até o ciclo 2020/21, informações sobre a mudança, uso e cobertura da terra e dados sobre a disponibilidade de áreas com aptidão agrícola para a expansão futura da soja sem desmatamento. O site também apresenta um vídeo didático do funcionamento da plataforma e um mapa interativo das regiões do bioma abrangidas pela sojicultura.

Para o Gerente de Sustentabilidade da ABIOVE, Bernardo Pires, graças aos dados e informações aferidos, é possível constatar que quando há uma contrapartida para que o produtor escolha por não avançar suas atividades em excedentes de reserva legal e sim em terras que já foram convertidas anteriormente, acontecem reduções muito expressivas nas taxas de desmatamento.

“Mapeamos, por meio de imagens de satélite de alta precisão, as 90 mil fazendas de soja localizadas no Cerrado e confirmamos que elas preservam aproximadamente 35% da sua área. São 20 milhões de ha em áreas de reserva legal e de preservação permanente conforme estabelecido pelo Código Florestal brasileiro. Além disso, estas propriedades possuem 4,4 milhões de ha de excedente de vegetação nativa com aptidão agrícola que poderiam ser legalmente convertidas para lavouras de soja”, comenta Bernardo.

As iniciativas e programas de pagamentos por serviços ambientais possuem como objetivo comum conectar consumidores internacionais, que demandam uma produção livre de desmatamento e produtores rurais de soja do Cerrado que almejam ampliar sua produção e querem reconhecimento pelo benefício ambiental prestado. Vale destacar que estes pagamentos, referenciados nos valores de arrendamento de terra, são direcionados como contrapartida aos produtores que possuem autorização de supressão de vegetação obtida junto aos órgãos ambientais e optam pela não conversão de áreas nativas, expandindo sua produção em terras já abertas. Empresas de bens de consumo e alimentos, produtores de rações, redes varejistas e gestores de capital, são os principais investidores.

Conheça o site clicando neste link.
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