O euro caiu 0,4% abaixo da paridade em relação ao dólar nesta segunda-feira, 22, para US$ 0,99945, seu nível mais baixo desde meados de julho. A moeda definhava nas mínimas de cinco semanas, sobrecarregado pela preocupação de que uma interrupção de três dias no fornecimento de gás europeu no final deste mês possa exacerbar uma crise de energia. O yuan da China também caiu para o menor nível em quase dois anos depois que o banco central cortou as principais taxas de empréstimo. O índice do dólar, que mede o dólar em relação a uma cesta de pares, atingiu novas máximas de cinco semanas, com autoridades do Federal Reserve reiterando uma postura agressiva de aperto monetário antes do simpósio de Jackson Hole do Fed nesta semana. Foi o euro que suportou o peso da pressão de venda em relação ao dólar depois que a Rússia anunciou na sexta-feira, 19, uma interrupção de três dias no fornecimento de gás europeu através do gasoduto Nord Stream 1 no final deste mês. “O valor justo do euro foi prejudicado pelo choque de energia – o que significa que o euro /dólar não é especialmente barato mesmo nesses níveis”, disse Chris Turner, chefe global de mercados do ING.
As principais bolsas de valores europeias caíram no início da sessão desta segunda, uma vez que as preocupações com a inflação e a especulação sobre as taxas de juros continuaram a incentivar os investidores a serem cautelosos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 1,2% para 6.417,78 pontos por volta das 07:45 GMT. Em Londres, o FTSE 100 perdeu 0,4% e em Frankfurt, o Dax caiu 1,36%. O índice Euro Stoxx 50 caiu 1,25%, o FTS Euro first 300 0,5% e o Stoxx 600 0,77%. Este último já caiu 0,8% em toda a semana passada e o CAC 40, 0,89%. Os investidores devem evitar correr riscos até sexta-feira, 26, e o discurso que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, fará no tradicional seminário em Jackson Hole. Entretanto, os mercados vão assistir aos índices “flash” do PMI na terça-feira, 23, o que poderá confirmar o risco de recessão na zona euro, depois na quinta-feira, 25, a ata da reunião de julho do Banco Central Europeu.
*Com informações da Reuters