O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto nesta quinta-feira, 25, para aumentar em 10% o número de soldados no exército, em plena ofensiva contra a Ucrânia e em um contexto de crescente tensão com os países ocidentais. O exército deve ter dois milhões de membros, dos quais 1,15 milhão serão soldados; em comparação com os 1,9 milhão de efetivos que as Forças Armadas tinham em 2017, segundo um decreto publicado pelo governo e que entrará em vigor em 1º de janeiro. Sem contar o pessoal civil, isso representa um aumento de 137 mil militares, ou mais de um décimo da força de combate atual. A decisão veio em um momento em que as relações entre a Rússia e os países ocidentais passam por uma crise de alcance sem precedentes desde o fim da Guerra Fria. A medida, cujas razões não constavam no decreto, coincide com a ofensiva que o exército russo vem realizando na Ucrânia há seis meses. Tendo falhado em tomar Kiev no início da intervenção, as forças russas estão concentrando seus esforços no leste e sul da Ucrânia.
*Com informações da AFP