O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira, 26, um documento editado que permitiu ao FBI apreender registros confidenciais do governo na casa do ex-presidente Donald Trump, localizada na Flórida. Partes substanciais de 23 páginas do documento de 38 páginas aberto foram ocultadas, com o texto em 11 páginas totalmente redigido. A busca em Palm Beach marcou uma escalada significativa em uma das investigações federais e estaduais que Trump enfrenta desde o tempo no cargo e em negócios privados. O ex-presidente republicano sugeriu que pode concorrer à Casa Branca mais uma vez. O juiz magistrado dos EUA, Bruce Reinhart, que aprovou o mandado que levou à busca do FBI na residência de Trump, em Mar-a-Lago, em 8 de agosto, ordenou a abertura do depoimento redigido até às 13 horas (horário de Brasília) nesta sexta-feira. A ação do FBI fez parte de uma investigação federal sobre se Trump removeu ilegalmente documentos quando deixou o cargo em janeiro de 2021, depois de perder a eleição presidencial para o democrata Joe Biden, e se ele tentou obstruir a investigação do governo.
De acordo com o documento divulgado nesta sexta-feira, um agente não identificado do FBI disse que o Arquivo Nacional dos EUA descobriu “documentos com marcações de confidencialidade” contendo “informações de defesa nacional” quando recuperou 15 caixas de Mar-a-Lago em janeiro. O agente disse que o Departamento de Justiça tinha motivos para acreditar que havia mais registros desse tipo que não foram devolvidos ao governo ainda dentro da casa de Trump. Depois que o FBI vasculhou Mar-a-Lago, os agentes levaram mais de 20 caixas contendo 11 conjuntos de registros confidenciais do governo, alguns dos quais foram rotulados como “ultrassecretos”. O depoimento, um documento que geralmente não é tornado público, a menos que alguém seja acusado de um crime, é uma declaração juramentada que descreve as evidências que deram ao departamento uma causa provável para buscar um mandado de busca.