O segundo protesto na Rússia, que aconteceu neste sábado, 24, contou com a prisão de mais de 744 pessoas. Elas são contra a mobilização decretada pelo presidente russo, Vladimir Putin, para reverter os reveses militares na Ucrânia. Essas pessoas foram detidas em ao menos 32 cidades em todo o país, segundo a OVD-Info, uma organização que acompanha as prisões documentadas na Rússia. Quase metade das prisões até este momento, 371, foram registradas na capital. Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, 128 pessoas foram detidas e a polícia usou cassetetes e tasers contra os manifestantes, segundo a imprensa local. Em Moscou, onde não parou de chover o dia todo, as autoridades implantaram um imponente dispositivo policial para impedir a manifestação de protesto, convocada pelo movimento juvenil de oposição Vesná.
A tropa de choque já estava estacionada na saída da estação de metrô Chistye Prudy, perto da praça do monumento ao escritor e diplomata russo Alexander Griboyedov, designado como ponto de encontro dos manifestantes. Pelo menos uma dúzia de viaturas da polícia estavam estacionadas ao longo da avenida esperando os detidos. “Neste local foi acionada uma ação não autorizada. Circule”, repetiam de tempos em tempos os alto-falantes da polícia. O protesto que aconteceu neste sábado é a segunda manifestação contra a mobilização ordenada por Putin, que argumentou a medida com a necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país. No protesto da última quinta-feira, 22, um dia após o anúncio da mobilização, cerca de 1,4 mil pessoas foram presas em todo o país.
*Com informações da EFE.