Explosões foram registras perto dos locais do vazamento dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 nesta terça-feira, 27, informou um instituo sísmico sueco. Uma primeira “emissão massiva de energia” com magnitude de 1,9 foi registrada durante a noite de domingo para segunda-feira às 02h03 (21h03 de domingo no horário de Brasília) a sudeste da ilha dinamarquesa de Bornholm e outra de magnitude 2,3 às 19h04 (14h04 de Brasília) de segunda ao nordeste da ilha, explicou Peter Schmidt, da Rede Nacional Sísmica Sueca. Os gasodutos Nord Stream 1 e 2 têm sido foco de tensão geopolítica na Europa nos últimos meses, desde que a Rússia cortou seu fornecimento para a Europa em resposta às sanções ocidentais contra Moscou por invadir a Ucrânia. Os dois gasodutos, administrados por um consórcio com participação majoritária do grupo estatal russo Gazprom, não estão operando atualmente. No entanto, ambos ainda contêm gás, que está vazando desde segunda-feira, e provocaram grandes bolhas podem na superfície da água, emanadas de três vazamentos localizados nas águas da Suécia e da Dinamarca, com diâmetros entre 200 e mil metros. O primeiro a apresentar danos foi o Nord Stream 2, na sequência o Nord Stream 1 também registrou falhas.
A Rússia afirmou que está “extremamente preocupada” com os vazamentos detectados e acrescentou que não descarta “nenhuma hipótese”, incluindo uma sabotagem, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou que é “difícil imaginar que seja um acidente”, acrescentando que não se pode descartar um ato de sabotagem. Nord Stream, o consórcio que opera o gasoduto, destacou que até o momento não é possível observar, nem avaliar os danos, mas admitiu o caráter excepcional da situação. “Não é comum um incidente, em que três tubulações registram dificuldades no mesmo dia”, afirmou um porta-voz do grupo. A Ucrânia atribuí os vazamentos como “ataque terrorista” planejado por Moscou contra a União Europeia. “O vazamento de gás em grande escala no Nord Stream 1 não é nada mais do que um ataque terrorista planejado pela Rússia e um ato de agressão contra a UE”, disse o assessor presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, no Twitter. Podoliak acusou a Rússia de tentar “desestabilizar a situação econômica na Europa e causar pânico antes do inverno”.
*Com informações da AFP