Após a Coreia do Norte conseguir sua trajetória mais longa com um míssil balístico, que foi até o Japão pela primeira vez em cinco anos, o governo japonês e norte-americano se uniram para coordenar uma resposta imediata e promover exercícios militares de preparação. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, conversaram por telefone e condenaram veemente o teste coreano, realizado nesta terça-feira, 4, afirmando que ele é um perigo para o povo japonês. Na conversa, Biden reforçou o compromisso irredutível dos EUA com a defesa do Japão. O governo irá solicitar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúna publicamente na quarta-feira para discutir a situação da Coreia do Norte.
O míssil norte-coreano atingiu o percurso mais longo já realizado desde 2017, com um alcance médio de 4.600 km. Esse tipo de experimento geralmente é feito em direção ao espaço, para evitar atingir países vizinhos. Contudo, o da Coreia da Norte foi direcionado ao Japão. Para defender o país, aviões de guerra dos EUA e da Coreia do Sul praticaram bombardeios contra um alvo no mar e aviões de caça dos Estados Unidos e do Japão também realizaram exercícios conjuntos sobre o mar do Japão. O governo japonês ainda alertou os cidadãos para se protegerem e suspendeu alguns serviços de trem. A Coreia do Norte acusa os Estados Unidos e seus aliados de ameaçá-la com exercícios e reforços de defesa. Militares dos EUA intensificaram as demonstrações de força e o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca chamou o último teste de “perigoso e imprudente”. O Japão disse que não tomou medidas para derrubar o míssil, mas o ministro da Defesa, Yasukazu Hamada, disse que não descarta nenhuma opção, incluindo um contra-ataque. A Coreia do Sul também disse que aumentaria suas forças armadas e a cooperaria com a aliança formada. O lançamento viola as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que impuseram sanções sobre os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.
*Com informações da agência Reuters