A mulher acusada de ter matado o marido e escondido seu corpo em uma geladeira será julgada pelo Tribunal do Júri seis anos após o crime, ocorrido em agosto de 2016, em São Francisco do Sul, no Norte catarinense.
A acusada atirou contra o marido, um policial aposentado, enquanto ele dormia. Em seguida, escondeu seu corpo em uma geladeira e manteve o eletrodoméstico ligado para que o corpo permanecesse conservado e não emitisse odores de putrefação.
Conforme o Ministério Público, foi o irmão da acusada quem encontrou o corpo da vítima. Após ela informar à família que iria viajar com o marido para Curitiba, desconfiado, o irmão entrou na casa e encontrou a geladeira ligada e amarrada por um fio de telefone. Ao abrir o refrigerador, encontrou o cunhado sem vida.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado por disputas pela propriedade de bens e de valores monetários, mas testemunhas relatam convívio conturbado e ciúmes por parte da vítima.
Entre as testemunhas ouvidas no caso também estão vizinhos. De forma geral, eles relataram ao Tribunal de Justiça que a vítima era machista com a esposa, ciumento e violento com os filhos dela. Em contrapartida, os filhos do homem relataram que a mulher era controladora.
Por conta do crime de homicídio, a mulher irá a júri popular em 22 de novembro, na cidade de São Francisco do Sul. Ela aguarda o julgamento em liberdade.