O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 16, após uma reunião com líderes aliados, que eles descobrirão “exatamente o que aconteceu” na Polônia, mas adiantou que informações preliminares indicam ser “improvável” que o míssil que caiu no país tenha sido disparado da Rússia. “É improvável que o míssil tenha sido disparado da Rússia”, dada a sua trajetória, afirmou Biden à imprensa na ilha indonésia de Bali, onde os líderes do G20 realizam uma cúpula. “Vou garantir que descobriremos exatamente o que aconteceu”, acrescentou. Se confirmada a informação do presidente americano, a situação teria uma redução na preocupação de uma escalada da guerra no Leste Europeu, já que a Polônia é um país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Rússia afirmou também nesta quarta que o míssil que atingiu o território polonês na terça-feira é um projétil disparado por um sistema de defesa das forças de Kiev e garantiu que seus ataques mais próximos à fronteira entre Ucrânia e Polônia aconteceram a mais de 35 km do limite.
“Queremos destacar que os ataques de alta precisão foram executados na Ucrânia a uma distância superior a 35 km da fronteira Polônia-Ucrânia”, afirmou o ministério russo da Defesa em um comunicado. Os destroços encontrados na Polônia “foram identificados de forma categórica por especialistas russos (…) como elementos de um míssil guiado antiaéreo de sistemas de defesa antiaérea S-300 das Forças Armadas ucranianas”, completa a nota. Por sua vez, Biden confirmou a versão dos russos em conversa com aliados.
Os embaixadores da Otan realizariam uma reunião de emergência nesta quarta para discutir a explosão em uma secadora de grãos no leste da Polônia, perto da fronteira ucraniana, que ocorreu enquanto a Rússia disparava dezenas de mísseis contra cidades da Ucrânia. Kiev afirma que derrubou a maioria dos mísseis russos com seus próprios mísseis de defesa aérea. A região de Volyn, na Ucrânia, foi uma das muitas que a Ucrânia diz ter sido alvo de ataques da Rússia. Os Estados Unidos e os países da Otan vão investigar completamente antes de agir, afirmou Biden na Indonésia, depois de se encontrar com outros líderes ocidentais à margem de uma cúpula das grandes economias do G20.