Na noite desta quarta-feira (22), o governador gaúcho Eduardo Leite se reuniu em Brasília com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele pediu a colaboração do governo federal para alguns setores da economia do Rio Grande do Sul, incluindo a indústria química.
Também mencionou o apoio da União na promoção da proteína animal nos mercados do Exterior, aproveitando o status de território livre de aftosa sem vacinação, conquistado pelo Estado em maio de 2021. A indústria vinícola também esteve na pauta, assim como a automobilística – na avaliação do governador, os benefícios concedidos a outras regiões do País (como Nordeste e Centro-Oeste) acabam tornando o Estado menos competitivo nesse segundo segmento.
Sobre a indústria de vinhos, o governador – acompanhado do chefe da Casa Civil, Artur Lemos – elencou todas as ações adotadas em conjunto com as empresas do ramo e prefeituras para evitar a repetição dos recentes casos de trabalho análogo à escravidão descobertos em empresa terceirizada da Serra Gaúcha. E pediu apoio à promoção da bebida gaúcha fora do Brasil.
A respeito da estiagem que tem castigado a economia gaúcha nos últimos anos, ele apontou a necessidade de adequação de algumas leis federais para facilitar a reservação de água: “Nesses últimos quatro anos, o Rio Grande do Sul sofreu três grandes estiagens. Isso causa um impacto muito grande e precisamos agir para que a situação cause cada vez menos problemas aos produtores rurais”.
Bancada gaúcha
Antes, Eduardo Leite havia se reunido com integrantes da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados. Na pauta principal, a consolidação das forças políticas do Estado para alinhar os projetos prioritários do Rio Grande do Sul neste ano. Ele pontuou ações que estão sendo feitas pelo governo para aumentar a capacidade de investimentos.
“Temos que caminhar juntos para acelerar o desenvolvimento do nosso Estado. Com muito esforço e disciplina fiscal conseguimos arrumar as contas e recuperamos o fôlego para investir. Agora, precisamos qualificar os projetos”, frisou.
Ainda conforme o governador, após a reestruturação da Secretaria de Obras há uma série de ações concretas de qualificação dos projetos a serem implementados. Em muitos casos, emendas federais acabavam sendo perdidas pela fragilidade deles.
Ele mencionou os leilões nas áreas de energia e os investimentos em alternativas renováveis, além de pleitos encaminhados ao governo federal, com destaque para o setor de infraestrutura, como a conclusão da ligação Rio Grande–Porto Alegre, a ponte entre Porto Xavier e San Javier (fronteira com a Argentina) e o gasoduto entre e Porto Alegre e Vaca Muerta, também na Argentina.
Por fim, pediu atenção especial à área de saúde, salientando o fato de o governo do Estado ter aportado quase R$ 1 bilhão para demandas com essa finalidade. Também foram tema da conversa iniciativas na área da educação, definida pelo próprio governador como a grande prioridade desta sua segunda gestão à frente do Palácio Piratini.
(Marcello Campos)