Após o Ministério da Educação voltar a autorizar na quinta-feira (6) a abertura de novos cursos de medicina no Brasil, o Cremers (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul) se manifestou contra o que chamou de “abertura indiscriminada de escolas médicas” no País.
“Não adianta abrir por abrir. A faculdade tem que ter estrutura. Tem que ter bons professores para formar excelentes médicos. E, como já vimos ao longo dos anos, a presença de uma faculdade de medicina na cidade não é suficiente para fixar os médicos no interior”, afirmou o órgão em nota.
O Cremers disse que está se colocando à disposição do Ministério da Educação para ajudar a elaborar critérios objetivos para a abertura de novos cursos. “Sem critérios, não será possível garantir uma formação médica de qualidade em nosso País. O Cremers seguirá atuando firmemente para tentar combater o crescente número de vagas e valorizar o exercício da boa medicina”, prosseguiu o conselho que representa os médicos gaúchos.
A abertura de novas faculdades de medicina no Brasil estava proibida desde abril de 2018, após uma portaria publicada pelo governo do ex-presidente Michel Temer. Essa medida perdeu efeito na quarta-feira (5).
Agora, o Ministério da Educação elaborou uma nova política de chamamento público para autorização de cursos de medicina em instituições privadas.