Ao longo das investigações, que duraram aproximadamente um ano, foi apurado que os acusados procuravam vítimas com dívidas de financiamento em seus veículos e prometiam a quitação desta, porém a dívida não era paga e o carro vendido a outra vítima, ficando as duas em litígio na justiça pela posse do bem e os estelionatários com o dinheiro da venda.
O lucro obtido através dos ilícitos praticados era utilizado para financiar o alto padrão de vida mantido pelos acusados, que ostentavam no dia a dia o uso de automóveis de luxo, passeios em motos aquáticas (jet ski), festas, dentre outro.
Quando as vítimas reportavam que iriam procurar autoridades policiais para noticiar os fatos, passavam a ser ameaçadas, inclusive com emprego de arma de fogo, dentre outras formas de coação, visando elidir qualquer ação policial contra a associação criminosa.
Durante o monitoramento da associação criminosa, foi constado que os acusados atuavam no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, sendo que somente no estado de Santa Catarina, foram registrados 45 boletins de ocorrências policiais contra os acusados.
Ainda, verificou-se que parte dos acusados possuem envolvimento com o tráfico de drogas, sendo que um destes chegou a ser preso no curso das ações, em flagrante delito, quando tentava levar drogas para o interior de uma Penitenciária Estadual mediante o uso de drone.
A Operação contou com apoio da DP de Xangri-Lá, DP de Pinhal, DP de Torres, DP de Osório, DP de Imbé, DP de Capão da Canoa, DP de Mostardas, DP de Tavares, DP de Tramandaí, DP de Terra de Areia, DP de Sapiranga, 2ª e 3ª DP de Novo Hamburgo, além da 4ª DP, 12ª DP, 16ª DP, 19ª DP e 20ª DP, todas de Porto Alegre.