Uma das maiores tragédias do País completa 11 anos neste sábado (27). O incêndio da Boate Kiss matou 242 pessoas e deixou 636 feridos no dia 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul.
No final de 2021 foi realizado julgamento dos quatro réus considerados culpados. Porém, a decisão foi anulada em 2022 e outro júri foi marcado para o dia 26 de fevereiro. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) junto da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) entraram com um recurso para que ele seja cancelado.
“Nós acolhemos o pedido da Associação dos Familiares e pedimos ao ministro Dias Toffoli, que é o relator do processo no Supremo Tribunal Federal, para que ele determine a suspensão do julgamento aqui em Porto Alegre até que o Supremo julgue o recurso extraordinário que lá está”, disse o procurador-geral de Justiça Alexandre Saltz.
As condenações de Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, com penas que vão de 18 a 22 anos e meio de prisão, perderam validade.
“Temos certeza do que aconteceu naquela noite. E contamos sim com a condenação dos quatro novamente. De qualquer maneira, o que nos frustra muito, é que tudo isso cabe recurso e sabemos que vamos passar dois, três anos acompanhando os recursos e na expectativa que não haja nova anulação”, afirma Gabriel Rovadoschi, presidente da ATVSM.
Na madrugada de sexta pra sábado, será realizada uma homenagem em frente a boate em Santa Maria. A ATVSM irá realizar uma vigília e quando se aproximar o horário do começo do incêndio, às 2h30 da manhã, uma sirene irá soar no local. A programação continua no final de semana com palestras e homenagens às vítimas.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul